quinta-feira, 31 de março de 2011

HORA DA PESCA

  
Houve um tempo em que era possível pescar nos ribeirões que cortam o centro de Poços de Caldas. É o que atesta a imagem acima, do acervo de Roberto Tereziano, publicada no "Memórias em Preto e Branco II", do Sr. Décio Alves de Morais.
   
A imagem, da década de 1950, mostra os cavalheiros engravatados em plena atividade, observados por cinco senhoritas, enquanto um senhor de chapéu, alheio ao momento, atravessa a passarela. Ao fundo, o Palace Hotel.
   
Atualmente, com cerca de 75% dos esgotos jogados diretamente nos rios da cidade sem qualquer tratamento, a tentativa de fisgar um peixe nas condições da foto, além de improvável, coloca a saúde do aventureiro em risco.
   
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sábado, 26 de março de 2011

O COUNTRY CLUB

É impressionante o legado deixado pelo prefeito Francisco Escobar, que governou a cidade entre 1909 e 1918. De acordo com a publicação “Illustração Paulista”, de 4 de novembro de 1911 -a mesma que Memória de Poços de Caldas usou para corrigir uma informação divulgada pela prefeitura (confira aqui e aqui)-, “o horto municipal e posto zootechnico, creação do prefeito actual, é um dos benefícios mais valiosos prestados pela administração municipal á Villa de Poços de Caldas. Ocupa quatro hectares de terreno lavrado e está confiado o utilissimo estabelecimento ao Sr. Adalberto Rocha, diplomado pela escola Municipal de Pomologia e Horticultura de S. Paulo. É destinado a systematizar e desenvolver a cultura das arvores fructiferas e manter um viveiro de plantas de arborisação e de essenciais florestas". A foto acima é do Posto Zootechnico, na década de 1920. Observe, à direita, o pequeno lago que ainda existe no local.
  
Continua o "Illustração": "Anexo ao horto fica um posto zootechnico –com uma secção destinada á cultura das forragens, o que muito influirá no progresso da indústria pastoril do município e seus arredores. Servirão esses estabelecimentos uma importante zona, cujos campos se prestam á cultura proveitosa de fructos e á criação de gado, com grande vantagem da proximidade das cidades de São Paulo, Santos e outros mercados consumidores”.
  
Já Mario Mourão, no livro “Poços de Caldas – Synthese Historica e Crenologica”, de 1933, recordava, “entre os principaes actos, de Francisco Escobar que podem ser apontados officialmente, em 22 de outubro de 1910, Adalberto Rocha foi auctorisado a fundar e dirigir um Horto Municipal, fornecendo-lhe a Prefeitura mudas, sementes e instrumentos, e demais material, para a cultura de plantas de ornamento, arvores fructiferas fornecidas gratuitamente aos moradores da cidade, assim como para incrementar a facilidade de acquisição de todas as hortaliças, muito escassa então”.
  
Mais adiante, a mesma obra esclarece: “Quando o Dr. Francisco Salles era Ministro da Fazenda, o Prefeito Escobar obteve delle a auctorização para mandar construir aqui um Posto Zootechnico para selecção de animaes e para exposição permanente de bellos exemplares de raça. Tendo sahido do Ministerio o Dr. Francisco Salles, sem cumprir a promessa, o melhoramento ficou, mas esse gasto extraordinario aggravou bastante as finanças da Prefeitura. O Posto Zootechnico, desde a sua fundação, tem sido um offside. Desvirtuado do seu fim, com cocheiras, com pastos, com uma enorme chácara, a Prefeitura, desde o principio, nunca quis lhe dar um fim utilitário, que teria sido um campo de experiências, ou Patronato de Menores ou chamar para alli uma Congregação Religiosa.
 
Como vemos, elle irá apparecendo successivamente nas diferntes gerações de Prefeitos, sendo que o actual Prefeito Dr. Assis Figueiredo parece ter acertado, dando o ao Country Club, para alli fazer as suas installações sportivas".
  
Mourão faz mais referências: "A 23 de novembro de de 1917, foi o Posto Zootechnico arrendado pelo prazo de 8 annos a Emilio Castelar e Thomaz Martinelli para diversões publicas" e ainda "Rescindindo o contracto com Martinelli & Cia., a 25 de abril de 1918, foi arrendado ao Sr. Joaquim Nunes Tassára, do Rio de Janeiro, o Posto Zootechnico, tendo o arrendatario se obrigado a alli gastar 100 contos de réis para um Prado de Corridas, um campo de football, com archibancadas, tudo para fins sportivos. A 6 de agosto de 1918, Escobar lavrou seu ultimo contracto com Cassio Prado, arrendando-lhe o Horto Municipal”.
  
Mais adiante, Mourão informa, referindo-se a Polycarpo de Magalhães Viotti, prefeito de Poços de Caldas entre 1918 e 1920: “Em 4 de junho de 1919, o Prefeito Viotti rescindiu o contracto do Posto Zootechino com o Dr. Joaquim Nunes Tassára, transferindo-o para a firma Theodoro do Valle & Cia, devendo-se consignar o quanto esse conhecido clubman contribuiu para a vida social de Poços de Caldas”, sendo que em dezembro de 1919 “o Cel. Theodoro do Valle transferiu o contracto do Posto Zootechino a Companhia Melhoramentos” e, por fim, “veio o Dr. José de Paiva Azevedo, cujo primeiro acto foi a 12 de dezembro de 1925, rescindindo o contracto de arrendamento do Horto Municipal com a Companhia Melhoramentos. Nessa epocha, se discutia muito a questão da propaganda da estancia, tendo sido organisada pelo Dr. Mario Mourão, Palmirio d´Andréa e outros a Sociedade de Propaganda de Poços de Caldas, que prestou excellentes serviços, augmentando muito a concorrencia, tendo o Dr. Paiva Azevedo feito a doação do Posto Zootechnico a essa Sociedade”. Paiva Azevedo foi prefeito de Poços de Caldas entre 1925 e 1927. Abaixo, o local na década de 1930, já conhecido como Country Club.
Duas outras curiosidades: em julho de 1921, dois italianos - Giovanni Ruba e e Vasco Cinquini- protagonizaram o primeiro pouso de um avião em Poços de Caldas. O voo, previsto para chegar às 10 da manhã, acabou acontecendo cinco horas depois, e foi testemunhado por centenas de moradores. Recebidos com festa, foram obrigados a passar alguns dias na cidade por conta dos estragos que o avião sofreu na aterrisagem. Já em abril de 1936, outros dois pilotos, desta vez norte-americanos -R. F.Whitehead e C.C. Gil- pousaram em Poços de Caldas. O pouso resultou em capotamento do avião. Ambos eventos aconteceram no campo que havia em frente o Posto Zootechnico -o antigo campo de golf, hoje Parque Municipal.
  
Um século depois, como está o Country Club? Em suma, sentindo o peso do desleixo da administração pública. Para começar, logo na entrada há um portal em mau estado, denotando a pouca manutenção aplicada, no qual se lê numa placa “Secretaria de Obras e Viação” e “Sec. Mun. De Serviços Urbanos”, denominações há muito abandonadas pela adminstração. A atual Secretaria Municipal de Projetos e Obras Públicas, bem como a Secretaria Municipal de Serviços Públicos ocupam espaços ali, o que em tese deveria significar o encontro de um parque primoroso, bem cuidado e mantido, alvenarias em ordem e vegetação impecável. Nada disso. Prevalece a máxima “casa de ferreiro, espeto de pau”: se nem mesmo a placa indicativa foi alvo de atenção, o que dirá o conjunto todo.
Passando a entrada, está o pequeno lago, de muitas histórias, entre elas a foto do então metalúrgico Lula, futuro presidente do Brasil, que passou a lua de mel em Poços de Caldas e passeou de barquinho ali. O cenário é desolador –o que não é incomum em muitos logradouros históricos e turísticos da cidade-, destacando-se por exemplo a  emblemática “favelinha” que serve de moradia aos patos que frequentam o lago (patos, no caso, as aves propriamente ditas).
   
O local foi notícia recentemente, numa daquelas muitas ações midiáticas mirabolantes que as autoridades costumam utilizar. Em 17 de novembro de 2009, o site da prefeitura destacava a informação "Detentos revitalizam casarão do Country Club", quando um grupo de presos participou de um projeto de “recuperação” do antigo Casarão de Eventos que existe no Country Club. A nota destacou ainda que “na ampla varanda, um mural com fotos, depoimentos, informações sobre o projeto e letras de música contava a história de um sonho realizado: a parceria entre a Prefeitura, a PUC Poços e a Subsecretaria de Administração Penitenciária, que, muito mais que trazer beleza ao casarão, trouxe também novo ânimo e novas oportunidades aos presos”. Sob o beneplácito de autoridades municipais e órgãos de defesa do patrimônio histórico, o casarão recebeu uma cor certamente muito diferente da original, atitude incompatível com o interesse preservacionista que deve valer nesses casos.
  
Um ano e meio depois da "obra" e o cenário já é ruim de novo. Na parte inferior do prédio é possível ver que há madeirites fechando janelas; a antiga porta foi pintada de qualquer jeito e, por meio de um vitrô quebrado é possível observar a existência de um depósito de bugigangas como redes, cintos ou mancebos, certamente fruto de apreensões nas sempre rigorosas fiscalizações municipais. Nem mesmo a plaquinha “Richter e Lotufo Arquitetura e Construções”, empresa que construiu a nova sede do futuro Country Club na década de 1940  resistiu às pinceladas com “tinta à base de terra” ali empregada. Fica uma pergunta no ar: há quanto tempo não acontece um evento nesse Casarão de Eventos?
  
Um volta pelo complexo do Country Club e nova decepção. Se as quadras de tênis e as piscinas recebem manutenção, o mesmo não se pode dizer das sorumbáticas quadras poliesportivas: simplesmente abandonadas, sem marcações, cimento irregular e mato crescendo no concreto. Lembre-se que é o mesmo espaço ocupado por duas secretarias que têm como escopo a manutenção, conservação e limpeza de áreas públicas.
O próprio casarão, que de longe até impressiona, é palco do desprezo de alguns servidores que, ignorando a existência de centenas de vagas para estacionamento dos carros chapa-branca, utilizam-se da varanda do prédio para estacionamento. "Vaguinha coberta" sempre é bom, mas o piso ali vai se perdendo em prol da mordomia de ter o carro sempre fresco. Para comprovar o relaxo, exatamente nessa varanda está uma placa na qual se lê “Conjunto Arquitetônico e Paisagístico do Country Club – tombado pelo município". Se é tombado, quem autoriza estacionar na varanda? E quem fiscaliza essa postura incompatível no mínimo com as boas práticas de preservação do patrimônio? Essa mesma placa levanta uma dúvida, ao afirmar que “No ano de 1951 passa a ser denominado Country Club”, contrariando Francisco Escobar, que já tratara do tema. Mera curiosidade. Como também é curiosa a presença de uma bandeja plástica (talvez um arremedo de comedouro para aves) sobre a proteção da pequena sacada do casarão, que nos anos 1940 abrigava uma placa com os dizeres “Serviço de Chá e Restaurante”, conforme atesta a imagem abaixo.
Há muito mais a se dizer do Country Club: no local onde hoje está a pista de skate havia um Matadouro Municipal. Ou o campo de golf onde hoje é o Parque Municipal, em que até Getúlio Vargas jogou, ou ainda que lá, em 1972, começou o Museu Histórico e Geográfico, funcionando por 24 anos até ser transferido para a Vila Junqueiras. Mas o importante é dizer -e insistir, reiterar, implorar até- que os gestores públicos preservem como se exige o patrimônio histórico de Poços de Caldas.
  
Tarefa árdua. A imprensa publicou em 25/3/2011 a fala do secretário estadual de Meio Ambiente, que diz estar a água da região "muito ruim". Para quem não sabe, 75% do esgotos de Poços de Caldas sequer são tratados. Vão para os rios do jeito que saem das privadas -palavras duras para demonstrar que nem mesmo o bem natural mais precioso que existe, e que deu origem, vida e nome à cidade, está sendo preservado.
  
Nessa ótica, patrimônio histórico vira assunto periférico. Um erro.
  
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quinta-feira, 24 de março de 2011

CASÉ E O CARNAVAL DE CUECAS

   
Bons tempos em que o carnaval de Poços de Caldas frequentava a mídia pela qualidade e bom humor. A foto acima, do grupo instrumental do saxofonista Casé, demonstra a tese: imaginem a produção dessa imagem, com os músicos tirando as calças para posar em festivas cuecas samba-canção junto à Fonte Luminosa da cidade. Bem diferente do recente "funeral do prefeito", protagonizado pelos artistas locais no carnaval de 2011.
   
Casé, ou José Ferreira Godinho Filho, mineiro de Guaxupé, morreu aos 46 anos, em 1978. Tranquilo e introvertido, gravou o primeiro disco em 1956, "História do Jazz em São Paulo", com Dick Farney e outros grandes nomes da música. Em meados da década de 1960 "mudou-se para Poços de Caldas, onde trabalhava na orquestra do Palace Hotel".  publicou a Folha de São Paulo alguns dias depois de sua morte, em reportagem intitulada "Um Pelé do instrumento". 
   
Casé tocou também com outros ícones da música brasileira, incluindo a orquestra de Sylvio Mazzuca e Sargentelli.
   
Saiba mais clicando aqui e aqui.
   
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quarta-feira, 23 de março de 2011

RUA JUNQUEIRAS EM 1908

   
Foto tomada nas imediações das esquinas da Rua Junqueiras e Assis Figueiredo. Observe as grades, indicando que ali passava um ribeirão -ainda hoje é possível constatar sua existência por meio de uma pequena porta que há na altura do número 628 da rua.
   
A imagem é do acervo da família Ballerini, então proprietária do Hotel Aurora, que aparece à direita, e foi publicada no "Poços de Caldas - Memórias em Preto e Branco - II", de Décio Alves de Morais.
   
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terça-feira, 22 de março de 2011

GAMBRINUS HOTEL

  
Belíssima imagem, provavelmente dos anos 1940, enviada pelo amigo Albert Cagnani, que comanda a Paris Modas, na rua Assis Figueiredo.
  
O Gambrinus hoje é ocupado pela Estalagem do Café, preservando muitos detalhes originais, abrigando ainda um bastante frequentado café em seu térreo.
  
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segunda-feira, 21 de março de 2011

MINAS AO BRASIL, DÉCADA DE 1930

   
Monumento Minas ao Brasil, na década de 1930, em sua instalação original na praça Getúlio Vargas. O  local (à esquerda, na foto inferior) hoje abriga o Relógio Floral e o monumento aos Pracinhas da FEB.
   
Saiba mais sobre o monumento Minas ao Brasil clicando aqui.
   
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domingo, 20 de março de 2011

ETIQUETAS DE BAGAGEM


Etiquetas assim eram coladas nas bagagens dos hóspedes -a do Palace Hotel é do acervo do Memória de Poços de Caldas. Ambas são da década de 1940.
  
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sexta-feira, 18 de março de 2011

CAIXINHA DE SURPRESAS


Do amigo Denis W. Esteves, também aficionado da Mogyana, vem o seguinte email:
  
"Acabo de receber duas pequenas relíquias da nossa amada Cia. Mogyana. São duas caixinhas de fósforos da Mogyana, que nunca foram usadas. Elas estão com todos os fósforos dentro, e por cima deles um selo/lacre. Quando arrematei as caixinhas, só havia imagens do exterior, e ao receber fiquei encantado com a cor dos fósforos: Azul Mogyana!
      
Sem dúvidas é uma preciosidade, e espero que outras delas ainda existam por aí. A caixa traz a propaganda dos trens de passageiros e a informação de que a Mogyana servirá Brasília. Por tanto, elas devem ser anteriores a ligação com Brasília, ocorrida em 1968, mas não muito antes".
   
Entre as cidades destacadas na caixa, Poços de Caldas.
   
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quinta-feira, 17 de março de 2011

SHOWS NO PALACE CASINO


Material de divulgação de apresentações no Palace Casino. Entre as atrações, Dorival Caymmi, Margarita Lecuona, Dercy Gonçalves, a dupla "Menina Prodígio e Professor Lourenço", protagonizando uma exibição de "transmissão de pensamento", além da Orquestra Carioca e os Encyclopedicos Musicaes, com Garoto, entre outros.
   
"A estréia de Garoto no Palace Cassino de Poços de Caldas, Minas Gerais, ocorreu em 22 de janeiro de 1944, estendendo-se até 31 de março daquele ano. Outras atrações foram Orlando Silva, Dorival Caymmi, Marguerita Lecuona, Januário de Oliveira e Jean Sablon", informação disponível aqui, que dá uma boa referência sobre a data do folheto, que se torna ainda mais interessante pelas imperfeições nas grafias dos nomes.
   
Clicando nos nomes destacados no texto acima é possível conhecer um pouco da vida desses personagens. Mas o que será que aconteceu com a "Menina Prodígio"?
   
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quarta-feira, 16 de março de 2011

RUA PARANÁ EM 1916

   
Cartão postal circulado em 1916, mostrando a Rua Paraná, hoje rua Assis Figueiredo. Observe os postes de energia no meio da rua.
   
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domingo, 13 de março de 2011

O PALACETE DA FRANCISCO SALLES - QUASE 100 ANOS DEPOIS

 
O ano de 2011 marca o centenário de inauguração de uma das mais belas construções de Poços de Caldas. Localizado na Avenida Francisco Salles, integraria o conjunto implantado duas décadas depois no hoje parque José Affonso Junqueira e Praça Pedro Sanches. "Integraria" pois o palacete acabou isolado, "do outro lado do rio", escondido atrás de uma inconcebível rede de fios elétricos e uma sorumbática estrutura do que um dia deveria ter sido um monotrilho.
  
Não é exagero dizer que um século depois, o velho casarão agoniza, fruto do desleixo dos ocupantes que se sucederam no outrora grandioso trono máximo municipal. A realidade hoje mostra um prédio beirando a tristeza, apinhado de servidores mal instalados, pintura externa descascando, varanda transformada em "fumódromo", puxadinhos construídos à revelia das boas práticas de manutenção de um patrimônio histórico do quilate desse, o que não é novidade em Poços de Caldas -vide Estação Mogyana, onde ousaram recentemente estacionar viaturas da secretaria de turismo sobre o piso hidráulico da plataforma, sem falar do posto de gasolina que fechou o leito da ferrovia para colocar ali um lava-carros, sob as vistas grossas de autoridades que sabem ser o patrimônio da estação e adjacências tombado; as quase ruínas do antigo restaurante do Véu das Noivas ou a "favelinha" na qual residem os patos que ainda fazem a alegria de alguns turistas no laguinho do Country Club.
 
As meninas dos olhos dos "patrimonialistas de plantão" recaem neste momento sobre o Palace Casino em obras e um não resolvido nem bem explicado projeto de "modernização" da Thermas. Não por coincidência, justamente para onde estão apontadas as milionárias verbas estaduais para recuperação dos espaços.
   
Mas nem sempre foi assim, como conta a história, mais precisamente a publicação "Illustração Paulista - Semanario Popular de Actualidades", de 4 de novembro de 1911, do qual há uma reprodução no acervo do Memória de Poços de Caldas. Naquela edição, uma foto do Palacete da Prefeitura trazia como legenda "Magnifico edificio da Prefeitura Municipal, inaugurado no corrente anno e mandado construir pelo actual prefeito, coronel Francisco Escobar".
   
Diz a reportagem que "o novo predio da Prefeitura demonstra o criterio adoptado pela governança local, na transformação planeada em relação as construcções. É um bello palacete occupando aproximadamente 36 x 80 m, constituido por um corpo central e duas alas, ligadas a esse corpo, de frontespicio de cantos dobrados".
   
Ainda de acordo com o semanário, a Jose Piffer, "este operoso e intelligente architecto se devem numerosas construcções em Poços de Caldas, que muito têm concorrido para o aformosamento dessa futurosa villa. De sua lavra é o projecto para construcção do edificio da Prefeitura, de estylo sobrio e muito elegante, tendo cabido egualmente a direcção das obras".
   
Presentes à inauguração da Prefeitura, além do prefeito Franciso Escobar, "Eduardo Ribeiro; dr. João Lisboa e Nelson de Senna, deputados do Congresso Mineiro, dr. José Gonçalves de Souza, secretário de Agricultura; coronel José Augusto da Costa Junqueira, chefe político; coronel Júlio Bueno Brandão, presidente do Estado de Minas; tenente coronel Christo, seu ajudante de ordens; dr. Pedro Sanches, major Libânio Vaz, José Piffer, Estevam Brandão, Lindolpho de Azevedo, do Paiz, Mendes de Oliveira e Pereira de Carvalho, do Diario de Minas".
   
Era o tempo em que Poços de Caldas tinha uma população "orçada em 6.000 almas -mais ou menos", diz o material. Tempos bons, de grandes realizações e políticos que enxergavam longe. Um século depois, a história confirma a necessária capacidade de planejamento de longo prazo que deve ter quem se oferece ao comando de uma cidade -coisa que não se vê por essas plagas há anos, diferente do prefeito Francisco Escobar que, "a 30 de junho de 1910, fez a abertura das propostas para a construcção do predio da Prefeitura Municipal, sendo aprovada a de Otto Piffer por 48:500$000, tendo sido lavrada escriptura de 57:000$000", conforme atesta o livro Poços de Caldas, Synthese Historica e Crenologica, do Dr. Mario Mourão, editado em 1933.
  
Em 2011, planeja-se dar novo destino ao velho Palacete. Pode tornar-se espaço cultural -como aliás parece regra quando se fala de aproveitamento de prédios públicos históricos no Brasil- com a mudança da sede do Executivo para a estação Rodoviária. Uma ideia interessante e que nasce sob a marca da incoerência, pelo fato de termos -o Povo de Poços de Caldas, por meio de seus visionários representantes- comprado vasta gleba para o que um dia seria um Paço Municipal. Esse, pelo jeito, vai entrar para a história.
 
Para encerrar, uma mostra de como a prefeitura vem zelando por seu próprio passado. Em 11 de março o site oficial da prefeitura publicou nota sobre o centenário do prédio, que pode ser conferido aqui. O texto começa com a seguinte frase: "O prédio da prefeitura, na avenida Francisco Salles, completa 100 anos este mês. A data inaugural não está precisa nos registros dos diversos historiadores". A mídia local publicou a nota sem checar a informação, mas há um registro preciso sim, e esta data consta justamente no mesmo "Illustração Paulista", que destaca: "Ainda este anno foram augmentadas as dependencias do mercado publico e atacadas com grande celeridade as obras do vistoso edificio destinado a Prefeitura e Forum, inaugurado em 7 de maio de 1911". O material está à disposição de historiadores e autoridades.
 
Clique nas imagens do Memória de Poços de Caldas para ampliá-las.
  

MOGYANA, SÉCULO XIX

   
A foto é da estação Mogyana de Poços de Caldas, na configuração original. Observando atentamente é possível notar a presença de uma composição parada na plataforma, locomotiva à esquerda. Confira  também uma belíssima ilustração da estação com essa arquitetura clicando aqui. Para ouvir o apito de uma locomotiva a vapor, clique aqui.
   
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sábado, 12 de março de 2011

RUA JUNQUEIRAS


Belíssima imagem de Poços de Caldas, contemplando a Rua Junqueiras de um ângulo raramente visto, provavelmente do morro Santa Cruz. Ao centro está o Chalé do Conde Prates e, à direita, o antigo Balneário com sua torre, o passadiço coberto e o consultório do Dr. Pedro Sanches. Acima do Chalé vê-se a Vila Junqueiras.
  
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quarta-feira, 9 de março de 2011

TREM DE POÇOS DE CALDAS EM LIVRO

   
Publicado no Jornal de Poços em 6 de março de 2011:
   
"HISTÓRIA DO TREM DE POÇOS VAI VIRAR LIVRO
   
Apaixonado por ferrovia, o jornalista Cláudio Larangeira (foto acima) está pesquisando a história das ferrovias brasileiras para tratar em um livro. A pesquisa já dura dois anos e anteontem, 04, ele esteve visitando a Estação FEPASA e concedeu entrevista exclusiva ao Jornal de Poços falando sobre o trabalho.
    
Larangeira está trabalhando em um projeto aprovado há dois anos pela Lei Rouanet e propõe a criação de um livro sobre as ferrovias brasileiras. O autor pretende fazer um livro para leigos, para os que gostam de locomotivas, para que saibam como começou,  bastante diferente do que se vê hoje em dia, onde os livros trazem informações técnicas, como número das máquinas e outros. Isso sem esquecer as fotografias, que devem ser o principal atrativo do livro, mostrando o que foi preservado ou não.
    
O projeto já tem dois anos. Não foi possível para o jornalista concluir a obra em um ano em função da falta de patrocínio, mas ele tem esperanças que os patrocinadores se unam à causa neste ano. Mas, mesmo sem o patrocínio, Larangeira continua seguindo os trilhos das ferrovias, e ontem foi a vez de Poços de Caldas. Ao lado do amigo e também jornalista Rubens Caruso, ele percorreu a rua Beira Linha, visitou a antiga Estação FEPASA, fotografando e procurando histórias relevantes e emocionantes dos trilhos.
    
Infelizmente a situação da ferrovia de Poços é semelhante a de muitas outras no país, estão abandonadas à sorte e sem nenhum olhar mais cuidadoso.
    
"Como toda ferrovia do Brasil, com pouquíssimas exceções, está tudo abandonado. Essa memória vai embora muito depressa, acompanho muito automobilismo e acho que estão preservando muito mais as coisas da história do automóvel brasileiro, que era uma sucata que vinha da Europa e dos Estados Unidos, e muito menos da ferrovia, que foi a primeira ponta de tecnologia que veio para o Brasil. Foi comprado o que se tinha de melhor e isso se perdeu tudo", relata o jornalista.
    
A história da ferrovia tem 150 anos, contra pouco mais de 70 anos do automóvel, mas mesmo assim o valor dado a esse tipo de memória ainda é baixo. Os trilhos vão ficando perdidos em meio ao mato, casas e até debaixo de muros e asfalto. O local onde antes era motivo de olhares e de fonte de trabalho, hoje está à deriva. Familiares de ferroviários ainda vivem às margens desses trilhos e contam com orgulho parte da história que viveram e que hoje não interessa para os políticos. Agora o que se espera é uma mudança de pensamento, uma atitude consciente e a recuperação dessa história antes que ela se apague, não só na memória, mas também em materialismo.
    
"Temos que tentar recuperar o que tem urgentemente. Tempo sempre vai ter que ter, na pior das hipóteses vamos preservar aqueles três pilares que tem e ficar adorando aquilo. Mas, metade das locomotivas que estão ai, já estão apodrecendo, estão abandonadas, e precisamos preservar o que conseguirmos, para não sumir tudo e ficar como os dinossauros", responde quando questionado se ainda haveria tempo de recuperar essa história.
   
Mas para quê serviria uma ferrovia restaurada, com trens de passageiros? Para fazer turismo, um turismo que dá certo, segundo Larangeira. "Turisticamente isso seria superimportante, principalmente para Poços de Caldas, que tem uma boa estrutura de hotelaria. Tenho certeza que viria gente de outros lugares do mundo para vir ver isso ai" afirma o jornalista. "Um exemplo é Jaguariúna, vem gente dos Estados Unidos para andar de locomotiva", acrescenta, e conta que naquele município o prefeito chegou a demolir a ponte para fazer uma enorme rodovia.
      
Em Poços também já se cogitou fazer uma avenida no espaço demarcado pelos trilhos, mas há tempos não se fala mais nisso". A entrevista foi concedida à jornalista Mariana Negrini.
   
Claudio Larangeira é uma lenda. Veja esse relato: "Às vésperas do lançamento, um jovem fotógrafo free-lancer ficou dias à espreita do (VW) Brasília nas imediações da fábrica localizada na Via Anchieta, em São Paulo. Estava ali porque tinha tido uma encomenda da revista Quatro Rodas, que habitualmente publicava fotos de carros ainda por serem lançados. Surgiu, então, o novo VW e um séquito de carros da marca acompanhando-o.

O fotógrafo aproximou-se para disparar o obturador da câmera e seguranças da fábrica ordenaram, por meio de gestos, que se afastasse. Ele logicamente não atendeu e começou a fazer as fotos. De repente, estampidos secos de arma de fogo. A segurança abriu fogo contra o carro do fotógrafo, que teve várias perfurações na carroceria. Tiroteio em via pública, promovido por seguranças particulares! O caso repercutiu, dada a importância da revista na época, e a VW desculpou-se, encerrando a questão.

O jovem fotógrafo chamava-se Cláudio Larangeira. Devido ao caso, ficou bastante conhecido e não tardou mais que alguns dias para ser contratado pela revista, o
nde permaneceu praticamente 20 anos. Hoje, Cláudio Larangeira é um dos nomes mais respeitados na sua atividade". Por Bob Sharp, publicado no site Best Cars.
   
A iniciativa de Claudio Larangeira é importantíssima. Ferrovias, com suas estações, equipamentos e, principalmente, personagens, constituem um riquíssimo patrimônio histórico e cultural brasileiro, que deve ser preservado.
   
Localmente, pensar em transformar a "beira-linha" em avenida aproxima-se da insensatez. É um projeto que não pode ser levado adiante, visto que sepultaria de vez qualquer ideia de preservar ou reativar o trecho da Mogyana. Coisa relativamente simples se houver principalmente vontade política, visto que a ferrovia funciona normalmente no trecho da quase desconhecida Estação Bauxita, situada na CBA, junto à represa Bortolan, restando reconstruir a linha entre essa estação e a localizada no centro da cidade. Apesar da inexplicada remoção dos cerca de 10 km de trilhos do trecho -sempre cercada de mistérios e invariavelmente desconversada- além de um inconcebível "cercadinho" de muros protagonizado pelo posto Ipiranga situado ao lado da estação, que fechou o leito da ferrovia, resta muito da estrutura necessária para que os trens possam voltar a percorrer o caminho, incluindo algumas pontes metálicas.
   
Esperanças de que um dia Poços de Caldas entre novamente no circuito mundial de trens turísticos há. Depende do serviço e do coração dos que ora estão no poder.
   
Conheça algumas belas imagens de Claudio Larangeira clicando aqui.
   
Clique nas imagens do Memória de Poços de Caldas para ampliá-las.
   

PRAÇA SENADOR GODOY


Fotos da Praça Senador Godoy, atual Praça Pedro Sanches. As imagens são da década de 1920. Observe a canalização do Ribeirão de Caldas, bem como a antiga Thermas.
   
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segunda-feira, 7 de março de 2011

ARY BARROSO

  
Ary Barroso foi um dos maiores compositores da música popular brasileira, autor de Aquarela do Brasil e outros grandes clássicos. Mineiro de Ubá, faleceu em 1964, deixando muitas passagens interessantes, entre elas uma com referências a Poços de Caldas, escrita por ele em 1956.
  
     "Meus primeiros dois anos de estudante correram mais ou menos tranqüilos. Até que terminou a “grana”. Começou, aí, verdadeiramente, a minha luta. Fiz-me pianista profissional. Estreei tocando em cinema, na sala de projeção do cinema Íris. Depois fiz parte da orquestra do Sebastião, tocando na sala de espera do antigo teatro Carlos Gomes. Daí passei-me para a orquestra de J. Tomás, na sala de espera do Rialto. Comecei, então, a ser conhecido como pianista de jazz. Do Rialto, transferimo-nos para o cinema Central, do grande empresário Pinkfild, que nos dava fita e palco. Foi quando meu ordenado cresceu: 28 mil réis por dia. Fazíamos bailes, ganhando eu 10 mil réis por hora!
     Depois, galguei o cimo de minha carreira, integrando a famosa Jazz Band Sul-Americana, de Romeu Silva. Era a orquestra da alta-roda. Tocávamos nos principais clubes da cidade: Country Club, Fluminense, América, Botafogo, Jóquei Clube, Tijuca, Guanabara e outros. Quando Romeu levou sua orquestra para a Europa, desliguei-me do conjunto. Fui tocar em Poços de Caldas, no Bar do Ponto, do Nico".
  
Décadas antes, o mesmo Ary publicara no jornal Vida Social, de Poços de Caldas, reproduzido abaixo na forma original:
  
"um heróe
 
Especialmente para a “Vida Social”
  
     Pela estrada da Vida caminhava eu, olhos prezos a uma luz soberba rebrilhando no fundo do horizonte. Havia já transposto serranias abruptas, vadeado correntes impetuosas, lutado contra o tempo, contra o mundo.
     Os passos, eu ainda os levava firmes.
     Aos meus ouvidos já haviam chegado notas crystalinas de estrepitosas gargalhadas, bem como os suspiros tristes e os ais magoados dos infelizes e derrotados.
     Aos meus olhos desenrolaram-se já todas as encenações possiveis do theatro da Existencia: o mal contra o bem, o ódio contra o amor, a inveja contra o valôr... a morte...
     Feriram já as minhas narinas os perfumes mais embriagadôres, mais lubricos, mais indiscretos, bem como o fodor de carne rasgada ao punhal ou varada a bala...
     Os dias quasi sempre surgiam-me claros de sol, as noites... estas vinham umas vezes banhadas de luar, enfeitadas de estrellas piscando no campo immenso do Infinito, outras vezes, escuras, mysteriosas, ameaçadoras, sem um astro ao menos accêso nas grimpas de um ceo negro e triste.
     Amedrontava-me nesta altura porque sou humano, porem, reanimava-me logo depois, sacudindo o corpo e reavivando o espirito... Havia que caminhar... caminhar sempre... retroceder nunca !
     A um mendigo que topasse, sempre abria a minha bolsa ; a um infeliz, o meu coração. Sempre admirei a justiça, sempre detestei o orgulho, irmão da ignorancia.
     Olhando para trás, eu notava que meus pés deixavam sulcos profundos na areia da estrada.
     Olhando para traz, eu via muita gente a sorrir-me, acenando-me com os lenços brancos... Essa gente boa admirava ao certo a minha coragem. Eu era para essa gente um heróe... Eu agradecia sorrindo...
     Olhando para traz, eu via também muita gente a sorrir-me, acenando-me com os punhos cerrados, brandindo no ar os punhos ameaçadoramente cerrados... Essa gente bôa admirava ao certo a minha coragem. Eu era para essa gente... um heróe e um forte...
     Agradecia sempre com um sorriso...
     E voltava os meus olhos para a luz soberba que me tentava, brilhando no fundo do horizonte... pela estrada da Vida caminhava eu.
  
Ary Barroso.
Poços, 6/2/927.
  
Na imagem, Ary Barroso é o terceiro, da esquerda para a direita. À esquerda de Ary está Nico Duarte.
  
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domingo, 6 de março de 2011

POÇOS DE CALDAS - PROJETO FERROVIÁRIO

 
  
"A cidade de Poços de Caldas como deveria ficar, num projeto apresentado em 1912. A estação ficaria quase no centro do mapa, um pouco abaixo, em frente a um jardim que existe do outro lado do Hotel das Termas. A linha viria do oeste e faria uma curva para o norte na entrada da estação. O projeto jamais foi implantado (Revista A Vida Moderna, 26 de setembro de 1912, acervo Paulo Castagnet)". A linha a que se refere o texto está indicada pela seta vermelha.
  
Saiba mais sobre a estação ferroviária de Poços de Caldas e outras do Brasil clicando aqui.
  
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sábado, 5 de março de 2011

QUISISANA HOTEL, ANOS 1940

  
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sexta-feira, 4 de março de 2011

ASSIS FIGUEIREDO


No alto da imagem é possível ler: "Prefeitos e Conselheiros do Sul de Minas no congresso de iniciativa do Prefeito de Poços de Caldas Snr. Dr. Francisco de Assis Figueiredo - 22-11-932".
  
Francisco de Paula Assis Figueiredo foi prefeito da cidade entre 1931 e 1939. Chama atenção o fato de estarem trajando ternos e quase todos portando chapéus. As pouco elegantes camisetas com que algumas autoridades dão expediente hoje em dia eram inimagináveis naquele tempo.
      
Assis Figueiredo, que empresta o nome à mais importante rua de Poços de Caldas, aparece em primeiro plano, ao centro. A foto pertence ao Arquivo Público Mineiro, e tem autoria de R. Bevilacqua Foto.
   
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quinta-feira, 3 de março de 2011

QUAL PRAÇA MESMO?


O cartão-postal acima é interessante: não mostra o busto de Pedro Sanches nem a Thermas Antonio Carlos! Observe, porém, a forma como está escrito no rodapé da imagem o nome da praça e da cidade: Pedro "Changes" e "Póços" de Caldas. Mera curiosidade.
  
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quarta-feira, 2 de março de 2011

LINHA DIVISÓRIA ESTADUAL

  
A imagem acima mostra o mapa da divisa entre MG e SP, na região de Poços de Caldas, publicada no livro "Memorial da Cia. Geral de Minas", de Don Williams e Alex Prado. "Mapa oficial da divisa conveniada entre Minas Gerais e São Paulo. O traçado da 'Linha do acordo de 28-9-1936' foi a nova divisa. O traçado do 'Laudo Villeroy' resultava do estudo de uma comissão, concluído em 1932, porém não aceito pelos dois Estados", relata o livro.
  
Os autores foram buscar o mapa em "As divisas de São Paulo e Minas Geraes: Relatório da Comissão dos Limites de São Paulo e MInas Gerais", publicado pelo Governo do Estado de São Paulo em 1937, de autoria de Francisco Morato.
  
A foto abaixo mostra o marco número 60, um dos que foram colocados ao longo da divisa, indicado em vermelho no mapa, próximo ao Córrego do Campestrinho. Está localizado no km 19 da pista que liga Poços de Caldas a Campestrinho. Outro pequeno pedaço da história que pode ser tocado.
 

A indicação em amarelo no mapa mostra o local do Obelisco da Cascata. Saiba mais clicando aqui.
 
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terça-feira, 1 de março de 2011

AVENIDA JOÃO PINHEIRO


A primeira imagem é um cartão postal de janeiro de 1954, do acervo do Memória de Poços de Caldas, no qual consta como referência "Canal da Av. João Pinheiro". Cartão "circulado", no verso aparece, entre outras, a seguinte informação, escrita pelo remetente: "Chuva, muita chuva".
   
Já a foto inferior mostra o mesmo local, atualmente.
   
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