segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

A LENDA DAS TRÊS PORTEIRAS

"Existiam no ano de 1882 três porteiras delimitando espaços na cidade: a da Esperança, a da Fortuna e a da Saudade.
   
A porteira da Esperança situava-se próxima à nascente das águas termais onde atualmente encontramos as Thermas Antonio Carlos. Era guardada pelo negro "Benedito", que tinha como ofício sua abertura e seu fechamento evitando assim que o gado e outros animais viessem beber da "água quente" e dessa forma sujassem suas nascentes. Certo dia, cansado deste trabalho e da raridade em que o gado incidia ao local, o negro abriu de vez a cancela e essa nunca mais se fechou: a entrada da esperança ficou assim escancarada para todos aqueles que chegavam de todos os cantos do país procurando a cura para seus males.
   
A porteira da Fortuna, guardada pelo italiano Vicente Petreca, abria-se para o interior do estado de Minas Gerais na altura da atual Rua Santa Catarina. Por ela passavam os tropeiros trazendo alimentos e produtos de que necessitavam os habitantes do local. Também atravessavam por ela enfermos vindo em liteiras e macas improvisadas em busca da recuperação da saúde perdida. Era chamada de porteira da Fortuna, pois todos aqueles que por ela passavam ganhavam sempre o bem-estar perdido ou os lucros decorrentes de transações comerciais.
   
A terceira porteira era vigiada pelo João Sabino, o primeiro agente dos correios de Poços de Caldas. Situava-se próxima à Fonte dos Macacos. Era um velho que só trajava vestes brancas, e que apesar de bondoso e querido pelos moradores era bastante temido: ninguém o procurava para que abrisse a porteira da qual era guardião. João Sabino guardava a porteira da Saudade, que delimitava o território do cemitério local: quem ali solicitasse a chave de entrada não mais saía.
   
Assim, a lenda das três porteiras persistiu através dos anos e fez com que essas demarcassem e alargassem a história da cidade de Poços de Caldas".
  
Contou Mario Mourão em seu "Poços de Caldas - Síntese histórico-social", de 1952.

domingo, 27 de fevereiro de 2011

THERMAS PRIMITIVA

Foto extraída do livro "Poços de Caldas - Synthese Historica e Crenologica", do Dr. Mario Mourão, publicado em 1933, mostra a cerimônia de "Inauguração das primitvas Thermas em 1919". Diz ainda a legenda original que "Nesse dia, foi entregue à cidade o busto de Pedro Sanches", que pode ser visto na imagem abaixo.

   
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sábado, 26 de fevereiro de 2011

TEMPO MATADOR


Tempo Matador não é nenhuma alusão a um sujeito preguiçoso: trata-se do estranho nome do simpático carrinho que aparece na foto acima, de Poços de Caldas na década de 1950, cuja autoria é do Sr. Décio Alves de Morais.
   
O veículo, fabricado na Alemanha, usava motorização VW. Não se sabe a origem do nome, mas especialistas bem humorados garantem que a posição do tanque de combustível, montado na dianteira, justificava o "Matador". Saiba mais clicando aqui e aqui.
   
Observe ainda a loja da Viação Cometa e, na sobreloja, o cassino Bridge Club.
   
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quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

O PASSADIÇO COBERTO E A MODERNIZAÇÃO DA THERMAS ANTONIO CARLOS


Da direita para a esquerda a foto acima, de 1900, mostra o Hotel da Empreza, seguido pelo consultório do Dr. Pedro Sanches, o passadiço coberto sobre o Ribeirão de Poços e, ao fundo, o Balneário Pedro Botelho. Esse belíssimo complexo ficava próximo da área onde hoje fica a Fonte Luminosa, no Parque José Affonso Junqueira.
  
Esse e outros conjuntos foram dando lugar a outras construções ao longo de décadas em Poços de Caldas, felizmente alguns sobrevivendo por 80 anos -caso da Thermas Antonio Carlos- ou mais.
  
É o momento de se levantar um debate sobre o quanto o poder público municipal pode ou deve interferir nos patrimônios quase seculares da cidade. Desde 2010 um assunto tem frequentado a mídia local, tendo como ponto de partida a própria área de comunicações da prefeitura: a realização de obras de restauração e modernização da Thermas Antonio Carlos. Em dezembro o site da prefeitura publicou que "a Companhia de Desenvolvimento de Minas Gerais (Codemig) estipulou o preço máximo da execução do projeto em R$ 11,2 milhões". Semana passada a questão foi tema de nova nota oficial.
  
Se por um lado a restauração é necessária, de forma a apagar de vez os vestígios de uma história recente marcada pelo abandono e precariedade (clique aqui e fique horrorizado com as imagens, que me custaram e ainda custam muitas "caras feias" de várias autoridades, uma vez que entrei numa espécie de zona proibida, fotografei e publiquei no Viva Poços o cenário...), por outro é preciso um profundo debate sobre a tal "modernização".
  
Até onde minha vista alcança, estão na "lista de sacrifícios" as banheiras originais inglesas e outras preciosidades de incalculável valor histórico. O que será feito lá? Como são esses projetos de "modernização"? Se já estamos aguardando a liberação de recursos, é óbvio que esses projetos já estão concretizados e não foram amplamente mostrados à população, ou eu não estaria aqui gastando o meu e o seu tempo. Como bem disse um leitor na ocasião em que publiquei as imagens, em 2008, "só falta colocar uns Blindex nas janelas e transformar em outlet...".
  
Transparência é necessária, debate idem. Na cidade das votações secretas, o que efetivamente está planejado para a Thermas? Onde mexerão? O que é a "modernização" que pretendem? As áreas hoje abandonadas do prédio, serão aproveitadas? Como? Essas e muitas outras dúvidas precisam ser levadas à discussão, e que não seja numa dessas capengas audiências públicas em horários impróprios. O assunto é tão misterioso que os R$ 11 milhões de que falam agora eram R$ 8,5 milhões em setembro de 2010, segundo a própria prefeitura, sem dar satisfações à população sobre o aumento de quase 32$ no valor do projeto. 
  
Enquanto a discussão não ganha corpo, padeço pensando que a Thermas pode caminhar para o mesmo destino sorumbático que a prefeitura deu à Estação Fepasa (a qual eu insisto chamar Estação Mogyana, não apenas pelo charme do nome, mas pela origem do espaço): um prédio muito maltradado, com remendos ridículos, calhas arrebentadas, o uso da plataforma como estacionamento e, claro, um blindex na porta. Isso para não dizer que boa parte daquele espaço tombado já foi apropriado por particulares, incluindo muros de um posto de combustível sobre o leito da ferrovia e outras obras que estão acontecendo por lá, sob as vistas (grossas) das autoridades. Ou algém acha que a Thermas chegou ao estrado em que se encontra hoje por acidente?
  
Em suma, Poços de Caldas não é modelo quando se fala de preservação de patrimônio histórico. Quem não concorda tem espaço aberto aqui para provar o contrário. É sim um desafio, tal e qual fiz em 12 de abril de 2010 ao enviar às principais autoridades locais (prefeito, vice-prefeita, secretários de administração, comunicação social, educação, planejamento, obras, turismo e cultura e os 12 vereadores) um pedido pela preservação e transformação em logradouro turístico dos Pilares da Mogyana. Até hoje não obtive um retorno sequer. Nem mesmo um lacônico "recebemos e vamos analisar". Nada. Zero.
 
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terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

O FORD 1939


Foto enviada pelo amigo Renato Moretti Uchida. Nesta imagem vemos, em primeiro plano, o Sr. Franciso Mario Uchida e, ao lado dele, o Sr. Sérgio Uchida, respectivamente avô e tio de Renato. As outras duas pessoas não estão identificadas.
 
O carro, com placas de Poços de Caldas, é um Ford 1939.
 
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sábado, 19 de fevereiro de 2011

CENTRO DA CIDADE


Foto da região central de Poços de Caldas, destacando a Matriz e, à direita, o Edifício Bauxita. Observe, ao centro, o antigo Balneário, na hoje Praça Dom Pedro II, inaugurado em 1896 e que deu lugar ao Balneário Mário Mourão, aberto em 14 de março de 1975. A foto é do final dos anos 1950.
  
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quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

O CARNAVAL EM POÇOS DE CALDAS

 
por Nilza Botelho Megale
 
"As ruas ornamentadas com motivos carnavalescos fervem de curiosos e foliões, que se acotovelam para apreciar o movimento e aproveitar, da melhor maneira possível os divertimentos do efêmero reinado de Momo. Ondas sonoras, impregnadas de ritmos quentes e excitantes, penetram pelos ouvidos e se esparramam por todos os sentidos de jovens e velhos, homens, mulheres e crianças.
 
Artísticos e originais carros alegóricos, rodeados de moças e ra­pazes usando as mais ricas e variadas fantasias, percorrem a avenida sob o aplauso da população entusiasmada e ao passarem diante do palan­que onde ficam as autoridades e os jurados, capricham nas músicas e nas apresentações coreográficas.
 
Este era o carnaval que conhecemos na década de 1980 em Poços de Caldas, porém nem sempre foi assim. No final do século passado havia o entrudo e o máximo da brincadeira consistia em atirar água com jarras e baldes nas pessoas descuidadas que passavam pelas ruas. De­pois veio a farinha de trigo, muito brutal e desagradável. Em 1893 foi fundado o Clube Carnavalesco "Valete de Ouro", com os figurantes vestidos de calção curto e uma capa de cetim, imitando a indumentá­ria dos Congos e usando máscaras.
  
No início do século apareceram os limões e laranjinhas de cheiro, feitos de leve camada de cera, recheados de água perfumada e colorida, que eram lançados galantemente nas senhoritas, bem em cima do co­ração, ou em transeuntes distraídos. Surgiu então a primeira marchinha carnavalesca...
  
Em 1911 foi inaugurado o Cassino Politeama, logo seguido por outras casas de diversões e pelo Grande Hotel, de alto luxo para a épo­ca, os quais atraíam para Poços a elite da sociedade paulista. Começou então um carnaval digno das cidades grandes. Eram comuns fantasias de Pierrôs e Colombinas, assim como máscaras de fartos bigodes, as batalhas de serpentinas e confetes, porém o personagem constante nas ruas e salões era sem dúvida o lança-perfume, introduzido no Brasil por volta de 1906.
  
Enquanto os veranistas se divertiam nos bailes animados por con­juntos que tocavam vibrantes maxixes ou por orquestras de "jazz-band", o povo desfilava nas ruas formando ranchos barulhentos, inspirados em costumes e toadas folclóricas. Estes desfiles realizados na Praça Pedro Sanches, eram aplaudidos pelas famílias da sociedade local, que apre­ciavam o espetáculo sentadas em cadeiras colocadas nas calçadas de clubes, residências e hotéis.
  
Naquela ocasião apareceu umn novo ritmo de música urbana, que seria o maior sucesso desta festa popular -o samba.
  
Na década de 20 a classe média aderiu aos cortejos momescos, surgindo blocos estruturados, com estandartes e emblemas apropriados. Temos notícias, em Poços de Caldas, do "Grupo do Felix", organizado em 1925 por jovens hospedados no Hotel da Empresa, homenageando o endiabrado gatinho da Paramount.
  
O advento dos carros conversíveis trouxe ao carnaval de rua um novo elemento, o corso, onde as belas meninas, ricamente fantasiadas, manifestavam sua alegria cantando e atirando serpentinas coloridas, confetes e lança-perfume nos espectadores.
  
À noite todo o "soçaite" se divertia nos bailes beneficentes, em clubes fechados ou em cassinos, entre os quais merece destaque "O Ponto", em cuja orquestra era pianista o nosso grande Ary Barroso.
  
Foi a partir de 1933, com a fundação da Rádio Cultura, que o Carnaval de Poços teve seu maior esplendor. Devido à iniciativa do Dr. Pedro Junqueira, um dos fundadores daquela emissora, os festejos momescos locais contaram com a presença dos maiores nomes da mú­sica popular: Aurora e Carmem Miranda, Heleninha Costa, Francisco Alves, Ciro Monteiro, Carlos Galhardo, assim como do Bando da Lua e do Trio de Ouro.
  
Em 1938 fez sua estréia em nossa cidade o primeiro Rei Momo, personificado pelo palhaço Arrelia.
  
No período da guerra as famílias abstadas, impedidas de viajarem para a Europa, passavam a temporada de férias em Poços de Caldas e os cassinos, regorgitando de gente, começaram a apresentar caríssimos shows pré-carnavalescos. O racionamento de gasolina e os automóveis fechados provocaram o aparecimentos dos carros alegóricos, que se tornaram cada vez mais bonitos e criativos, pois eram aplaudidos pela nata política do país.
  
O fechamento do jogo em 1946 não trouxe a decadência das festas carnavalescas na maior estância hidromineral da América Latina, pois os turistas continuaram afluindo de todos os estados brasileiros. Em 1952 tivemos um espetáculo inédito, que permaneceu na memória de quantos o viram: o banho de piscina, à fantasia, apresentado pelos "Aqualoucos" vestidos de banhistas da "Belle Époque", que brindaram a população com emocionantes e ousadas acrobacias aquáticas.
  
Na década de 60 os salões continuaram fervilhando de foliões, mas o carnaval de rua sofreu uma queda vertical com a proibição do lança-perfume e as restrições policiais. A juventude não tinha como se divertir, pois seu acesso aos clubes era proibido. Foi quando a Associação Atlética Caldense, apoiada pelo Juiz de Menores, Dr. Milton Mendes dos Reis, iniciou os bailes familiares, permitindo a entrada de jovens de 15 anos. Incentivados com este fato, eles começaram a organizar, com grande sucesso, os seus próprios blocos.
  
Com a criação do Conselho Municipal de Turismo em 1971 e posteriormente a Secretaria Municipal de Turismo e Comunicações, o carnaval de rua, estimulado pelos poderes públicos, que nele desco­briram um grande polo de atração turística, vem se aperfeiçoando de ano para ano. Continuaram os bailes no Palace Casino, na Caldense e em outros clubes, quando anualmente é escolhida a Rainha do Carnaval, para acompanhar o Rei Momo.
  
Na década de 1990, os concursos de blocos e Escolas de Samba, com seus carros alegóricos, passaram a se realizar na Avenida Francisco Salles, onde são armadas arquibancadas para a população assistir me­lhor acomodada aos desfiles de suas agremiações preferidas. O Carnaval de Poços de Caldas conseguiu atrair para nossa cidade as atenções, não somente das regiões circunvizinhas, como de outros estados do Brasil". Esse artigo foi publicado no livro Memórias Históricas de Poços de Caldas (2002), de D. Nilza Botelho Megale.
  
A foto acima, de autoria do Sr. Décio Alves de Morais, mostra um corso de carnaval da década de 1950, na Rua Junqueiras. Observe ainda, à esquerda, o prédio do antigo Casino Imperial.
  
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quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

VALE-POSTAL

 
Vale-postal é "o serviço de transferências financeiras nacionais, que facilita o envio de dinheiro entre remetentes e destinatários localizados dentro do território brasileiro", de acordo com o site dos Correios. Hoje em dia emprega-se a eletrônica para fazer essa operação, mas no passado era por meio impresso, como demonstra a imagem acima, de um vale de 1916.
   
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VISTA AÉREA EM 1959

 
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terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

VISTA AÉREA

Cartão-postal do acervo do Memória de Poços de Caldas. Observe a absoluta ausência de grandes edifícios no centro da cidade, destacando a Igreja Matriz, provavelmente na segunda metade da década de 1950.
  
Note ainda a quantidade de automóveis circulando -menos de 10 veículos- num tempo em que semáforos eram raridade.
  
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segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

A "NOSSA" LOCOMOTIVA


Raras são as imagens de locomotivas a vapor, popularmente denominadas "Maria-Fumaça", percorrendo os trilhos de Poços de Caldas.
  
Memória de Poços de Caldas recebeu de amigos de um grupo de aficionados, auto-denominados "Mogyanistas", do qual este editor é integrante, a foto acima, da locomotiva 221, a mesma que aparece em duas outras ocasiões neste site -clique aqui para ver. Desta vez, a "221" está na rotunda de Campinas.
  
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domingo, 13 de fevereiro de 2011

POÇOS, AROMAS E CORES

    
Por Roberto Tereziano
  
Poços de Caldas não é apenas uma cidade com ruas largas, praças e jardins esplendorosos. É uma localidade para ser vista por todos os sentidos. Uma cidade para ser saboreada, ouvida, olhada, e amada com suas cores, aromas e sabores.
  
A preocupação com a ecologia não é algo novo. Joaquim Floriano Godoy, o primeiro a pensar tais paragens, em 1870, como uma futura e grandiosa cidade, ao decretar a desapropriação das áreas de interesse comum, já determinava o cuidado com matas ciliares que margeavam nossos ribeirões. Outros administradores também souberam cuidar e preservar para os dias de hoje. Não canso de mencionar que a cidade é uma bela obra de engenharia e arquitetura. Parece exagero, mas, há minúcias na urbanização de Poços de Caldas que não podem jamais caírem no esquecimento.
  
Toda a área central onde se localizam nossas principais praças e jardins e parte das ruas, nada mais eram que um grande lamaçal, um verdadeiro pântano cheio de selvagem vegetação e águas paradas. Existiam “pinguelas”, pontes improvisadas com troncos de árvores para se passar de um lado para outro. Tão precário era o centro da urbe que pessoas perderam a vida ao tentar atravessar tal área lamacenta.
  
Nas imediações do antigo mercado, atual Casa Carneiro, a vala era de tal profundidade, que os primeiros prefeitos pensaram em fazer ali um grande lago para praticas náuticas. Toda a Avenida Francisco Sales foi construída sobre o lamaçal. Centenas de carroças com tração animal e muita terra e toras, deram à cidade nossa bela avenida.
  
Toda a região do Palace Cassino, parque José Afonso Junqueira, Praça Eliziário Junqueira (onde estão o Leãozinho e o Calendário Floral) e imediações, são resultantes de trabalho hercúleo de homens e animais para que Poços de Caldas tivesse sua área mais nobre.
  
O lamaçal de águas fétidas e plantas selvagens foi drenado com muita terra da Serra do Selado e do morro do Itororó, e troncos de árvores que quase se petrificam em condições úmidas criando estrutura sólida.
   
O segundo prefeito da cidade, Juscelino Barbosa, ao prestar contas ao governador do estado, informa até onde foi empregada a terra de tal morro, que começava em plena Rua Assis. Porém, toda a área central se tornou um deserto, nada de vegetação. O chamado Jardim Inglês ou Largo Senador Godoy era mesmo um verdadeiro Saara, completamente árido e sem vida.
   
Chega mais um prefeito ousado e quase esquecido pela história, João Benedito Araújo, que governou a cidade de 1922 a 1925.
  
Tal prefeito construiu no alto do morro da Santa Cruz, onde ainda existe a capelinha do mesmo nome, reservatórios de água, e conseguiu bombear água do ribeirão que vem da Cascatinha, com todos seus nutrientes, para o alto do morro.
   
Cobriu todo o aterro destinado aos jardins com terra fértil e passou a regá-lo com toda a água armazenada no morro da Santa Cruz. O resultado é visível ainda hoje: nossos belíssimos parques e jardins. Nem ocorre aos presentes usuários que tudo aquilo é um grande aterro e muito esforço de um tempo em que os administradores plantavam para os pôsteres da cidade.
   
Depois chegaram Pederneiras, o grande arquiteto, e Dierberger, o construtor de praças e jardins.
   
As matrizes de beija-flor, oferecidas por Assis Chateaubriand, e, até o Guapuruvu, nome popular de uma espécie que, em São Gonçalo do Sapucaí, chama-se “Árvore da Baronesa”. Tal espécie foi introduzida em Poços de Caldas por Pedro Sanches, no fundo do seu consultório no parque José Afonso Junqueira.
  
Tal local, que primeiramente foi construído para hospedar Dom Pedro II, em 1886 e, depois de Pedro Sanches, foi também consultório dos médicos Renan e Gil Monteiro.
   
Do lamaçal nem lembranças. Sob a luz do sol e a algazarra dos pássaros, temos hoje as encantadoras alamedas perfumadas por inebriantes magnólias.
  
São palmeiras imperiais, belas paineiras, dentre outras espécies, vindas de vários pontos do Brasil e do mundo e também, esculturas especiais de Starace em Salús et Vita na praça principal, ou Petrucci eternizando o pai da estância no busto de Pedro Sanches ao lado do Palace Hotel.
   
Cada palmo da cidade tem uma história que o liga a uma centena de trabalhadores anônimos, do operário braçal ao administrador, que deram muito de si para o nosso deleite de hoje. Éden de Minas engastado na Serra da Mantiqueira.
   
Do som das fontes ao cantar dos pássaros ou, o perfume das flores, é Poços de todos os sons, tons e sabores, ou as deliciosas lembranças. Quem não correu, brincou, sonhou!
   
Quem não se enamorou e não amou nas colunas do pergolado da fonte luminosa?
   
Olhando para a serra de São Domingos, uma cortina verde ao norte, parque de preservação ambiental que se liga à parte residencial da cidade, tudo é verde, fauna, flora e vida.
   
Já foi chamada de “cidade encantamento”.
  
Vista de longe nem se notam as pequenas agressões pelas quais passou no decorrer do tempo. Aliás, previstas pelo primeiro prefeito de Poços de Caldas, Dr. David Benedito Ottoni, que ainda em 1905, sonhava com uma rodovia perimetral ligando a cidade de leste a oeste e, ao mesmo tempo protegendo a fralda da mata, pois seria construída no limite da serra onde a natureza e a arte se encontram na Fonte dos Amores.
  
Agora, nosso parque de São Domingos está ganhando um plano de manejo e, quem sabe, aquilo sonhado pelo saudoso ex-deputado José Maria Chaves, durante a elaboração da Constituição Estadual de 1989, realmente se realize, teremos para as futuras gerações, algo mais a ver... Pelo menos na face da serra onde o Cristo de Zé Neto e Rafael Santos, de braços abertos avisa aos devastadores: Aqui é o limite do paraíso verde!
  
Poços é luz, aromas e cores, é arte. Cidade de todas as fontes, matizes e sabores.
  
Por todos os sentidos, a cidade ainda sobrevive como um grande santuário verde a ser amado e respeitado por todos. E se tudo isto é vosso, “Zelai pelo que vos pertence”.
  

sábado, 12 de fevereiro de 2011

DO SAL PARA O ENXOFRE


Para quem queria trocar o banho de mar pelo de água termal, a opção vinha do interessante "reclame" publicado no jornal A Tribuna, de Santos, SP, em 7 de fevereiro de 1920: a Pensão Lopes garantia ser "a mais commoda mesmo em preços".
  
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sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

AS ASAS DA PANAIR


"A maior das maravilhas foi voando sobre o mundo nas asas da Panair", diz a letra de Milton Nascimento e Fernando Brant.
  
Poços de Caldas faz parte da história da Panair -a foto acima já seria suficiente. Mas um importante artigo de Odair Camillo, editor do Brand News, jornal de Poços de Caldas em circulação há 35 anos, aprofunda o tema. O texto foi publicado em 2005. Confira:
  
"Poços também viajou nas Asas da Panair
 
Por Odair Camillo
   
Várias tentativas têm sido feitas, em vão, para se restabelecer os vôos regulares ligando Poços de Caldas às principais capitais do país. Nenhuma delas até agora tiveram ressonância, ou encontraram o apoio necessário para dotar a cidade do único meio de transporte que, certamente, alavancaria não só o nosso turismo, como a indústria e o comércio local.
  
Mas, quem ainda não ouviu falar da Panair do Brasil, empresa aérea fundada em 1929, que por vários anos aterrissou em nosso aeroporto trazendo em seus aviões passageiros do país e do exterior, que vinham à Poços de Caldas atraídos pelas suas águas medicinais e pelos bons cassinos?
  
Brand-News traz nesta edição, uma pequena matéria sobre a Panair do Brasil, uma crônica de desabafo do Dr. Paulo Ivan de Oliveira Teixeira, feita há alguns anos sobre a falência da empresa aérea, decretada arbitrariamente em 1965 pelo governo militar, e uma entrevista com Wilson Danza, o piloto poços-caldense que promoveu a cidade percorrendo o mundo "Nas Asas da Panair".
  
Realmente, não sou capaz de lembrar de muitos fatos relacionados à presença da Panair do Brasil em nossa cidade. Nunca fui bom de memória. O Dr. Felix que o diga!
   
Mas uma coisa que me marcou profundamente - embora eu ainda fosse muito jovem: a figura esbelta, simpática, do Comandante Wilson Danza, trajando um impecável uniforme da Panair do Brasil, companhia aérea da qual era um dos pilotos, e que aterrissava com seus aviões três vezes por semana em nosso aeroporto, vindos de várias partes do país, trazendo passageiros, autoridades e artistas do Brasil e do exterior para usufruírem de nossas águas termais e, ao mesmo tempo, jogarem com a sorte em nossos cassinos.
   
Posso dizer, com toda franqueza, que ele foi meu ídolo, já que a minha juventude foi marcada por um grande desejo de ser “aviador”, como era chamado o piloto na época, profissão invejada, mas inacessível para a grande maioria dos jovens e tida como “perigosa” pelos nossos pais.
   
E OS ANOS PASSARAM...
Esta semana, em busca de assunto para o jornal, fiquei sabendo que Wilson ainda morava em Poços de Caldas, num dos blocos de apartamentos do Vale do Imperador. Fui até lá e o encontrei, morando com o jovem filho Wilsinho num dos modestos apartamentos do condomínio. Apresentei-me e disse da finalidade de minha visita. Só não sabia que ele havia tido um derrame e que estava se recuperando, tendo com isso, dificuldades para andar e se expressar, embora sua memória ainda funcione, razoavelmente bem, apesar dos seus 83 anos de vida.
     
Enquanto o filho procurava, a meu pedido, fotos dele ligados à Panair do Brasil relacionadas àquela época áurea dos cassinos, eu consegui, com alguma dificuldade, extrair dele muitas palavras, com informações interessantes daquele que foi um dos grandes pilotos de nossa cidade e que já representou Poços de Caldas e o Brasil, em várias partes do mundo.
   
Entre outras coisas, disse-me que iniciou na aviação ainda muito jovem, tendo tirado o "brevê" após cursar no aeroclube de São João da Boa Vista.
   
PILOTO DA SELEÇÃO BRASILEIRA DE FUTEBOL
Wilson Danza foi o piloto da aeronave que trouxe do Chile a Seleção Brasileira de Futebol, que havia conquistado a Copa do Mundo de 1962. Um vôo que durou mais de cinco horas de Santiago ao Rio de Janeiro. Durante muito tempo fez a ligação aérea Rio / Assunção / Buenos Aires, com os famosos DC-8 e, depois, voando por vários países da Europa, nas principais rotas servidas pela Panair. Ele comandou durante algum tempo, o escritório da companhia em Assunção do Paraguai, ocasião que angariou importantes amizades, chegando a freqüentar com relativa assiduidade o palácio governado então pelo General Alfredo Stroesner.
  
Numa das viagens a Machu Picchu (Peru), ele levou uma equipe de cientistas e estudiosos, que culminaria, mais tarde, com o lançamento do livro "Eram os Deuses Astronautas?" de Erich Von Daniken.
   
Outro fato interessante foi a sua amizade e a de seu irmão Walter com o Comandante Rolim, que na época, viajaram aos Estados Unidos para comprar um avião, o primeiro de uma série que mais tarde se tornaria a TAM, uma das mais importantes companhias aéreas brasileiras.
   
Em Poços de Caldas, Wilson, juntamente com seu irmão, também piloto da Panair, trabalhou no escritório da companhia aérea, nas dependências do Palace Hotel. Posteriormente, Wilson abriria a agência de passagens "Speed", na rua Prefeito Chagas, onde está atualmente a Ótica Moderna.
   
Apesar da idade, Wilson Danza mostrou-se receptivo e feliz. Posou para algumas fotos, acompanhou com interesse meu manuseio das suas fotografias históricas e, evidentemente, ao final da entrevista lamentou, como os demais ex-funcionários da Panair do Brasil, que até hoje procuram por um motivo plausível que levou à falência, num ato truculento do governo militar, uma das mais queridas e saudosas companhias aéreas do Brasil.
  
PANAIR DO BRASIL LEVOU O NOME DE POÇOS DE CALDAS PARA O BRASIL E O MUNDO
Cada vez que se fala em trazer de volta para Poços de Caldas os decantados vôos regulares que, certamente, alavancariam o nosso turismo, as pessoas mais antigas, lembram-se da Panair do Brasil, empresa aérea brasileira – fundada em 1929 pelo norte americano Ralph O´Neil, inicialmente com o nome de Nyrba (representando os principais destinos: Nova York, Rio de Janeiro e Buenos Aires) que na época dos cassinos ligava nossa cidade às principais capitais do país, da América do Sul e do mundo.
  
Os vôos da Panair do Brasil marcaram época em Poços de Caldas. Seus aviões, quase sempre lotados, traziam não só passageiros atraídos pelas nossas águas termais e, principalmente pelos jogos, como também autoridades e artistas internacionais que vinham se apresentar em nossos cassinos.
  
A empresa aérea era um segmento ou espécie de ramificação da PanAm – uma das mais conceituadas empresas aéreas internacionais, que ficou famosa não só pela sua frota de aeronaves modernas, mas principalmente, pelos serviços de bordo impecáveis, e em terra, com um quadro de funcionários reconhecidos pela eficiência e organização.
   
A Panair do Brasil, que depois pertenceu a Mauro Wallace Simonsen, dono também da TV Excelsior, funcionou até o dia 12 de fevereiro de 1965 quando, em um ato arbitrário do governo militar, cancelou suas concessões. Dois dias depois, a VARIG recebia de mãos beijadas as linhas, até então exploradas pela Panair, que ligavam o Brasil à Europa e Oriente Médio. A decretação de falência da empresa, causou muita indignação, principalmente entre os funcionários que, até hoje, tentam, por vias judiciais, rever esse procedimento dúbio do regime militar, e culpam também a grande imprensa por não reabrir as investigações".
   
Sobre a foto acima, há a seguinte descrição, disponível aqui:
  
Panair do Brasil. Douglas C-47B-27-DK. Registro PP-PBZ (cn 32609/15861). Poços de Caldas, Brazil.
       
Fabricado como "C-47B-25-DK", foi convertido para o modelo "C-47B-27-DK" e entregue a USAF, como "C-47B-28-DK", matriculado 44-76277. (Sempre com modificaçãoes nos motores).
   
Após o período de permanência na Panair do Brasil foi vendido à Cruzeiro do Sul, registrado como PP-CCR. Seu último registro conhecido foi CP-1243.

Abaixo, outro flagrante de um avião da Panair em Poços de Caldas. A foto, da década de 1950, é do Sr. Décio Alves de Morais.
   

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ATUALIZANDO: Há observações relevantes sobre o material publicado acima disponíveis aqui.
  

quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

FONTE DOS AMORES

  
Cartão-postal do acervo do Memória de Poços de Caldas, provavelmente da década de 1930, mostra como era a Fonte dos Amores.
     
A origem da Fonte dos Amores foi contada por João de Andrade, em artigo publicado no jornal "A Folha de Poços", em novembro de 1954. De acordo com ele, em relato reproduzido por D. Nilza Megale, "um grupo de jovens dos idos de 1920 -Francisco de Simone, Quinzinho Duarte, Vicente Risola e ele próprio, numa radiosa tarde, cansados do movi­mento dos cassinos, resolveram passear pela mata que rodeava a es­tância. Subiram a Rua Marquês de Paraná (atual Assis Figueiredo), viraram no sítio onde havia uma caixa d'água coberta de cimento em forma de pirâmide. Um fio de água límpida descia pela encosta no meio das árvores, que coavam a luz do sol deixando aqui e ali manchas de várias tonalidades de verde. Resolveram então dar um nome àquele lu­gar tão bonito, mas pouco frequentado. João de Andrade propôs 'Fonte dos Amores', que foi logo aceito pelos companheiros. No dia seguinte lá voltaram e escreveram em tinta e pincel a denominação que ficaria para a posteridade".
  
Em 1929, por interferência do prefeito Carlos Pinheiro Chagas e de Antonio Carlos, Presidente de Minas Gerais, o local tornou-se ponto de visitação. A parte paisagística foi executada por Dieberger, enquanto Giulio Starace foi encarregado de es­culpir a estátua de dois jovens abra­çados, simbolizando o amor.
  
Junto à estatua há uma placa de bronze com versos de Alberto de Oliveira:

"Neste recanto, a amar tudo convida
Que amar é vida
Amae, Amae.
Mas a quem pôs aqui tanta beleza,
À alma da natureza
Uma oração mandae
Amae, Orae".
 
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quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

RÁDIO-PATRULHA

  
Foto do acervo da Polícia Civil de MG, com a seguinte legenda: "1965. 1ª Viatura policial da Guarda Civil de Poços de Caldas. RP 1, a Rádio Patrulha com o guarda João de Castro". Para ver mais viaturas policiais utilizadas no interior de Minas Gerais, clique aqui.
  
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segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

CIRCUITO DAS ÁGUAS - 1959


Finalmente apareceu um filme sobre as corridas de rua que aconteciam em Poços de Caldas. O vídeo acima foi publicado no blog do Flávio Gomes, enviado por Luciano Uchida.
De acordo com Gomes, trata-se da "primeira vitória de um DKW em corridas no Brasil. Foi em 1959, no III Circuito das Águas, em Poços de Caldas". Ao volante do cupê #64, Mário César de Camargo, o Marinho, maior piloto da história da Vemag. Essa vitória teria estimulado a fábrica a montar um departamento de competições".
Há na internet alguns relatos sobre a prova e seus protagonistas:
"Em outubro de 1959, Poços de Caldas (MG), Marinho chegou com o DKW, carrinho pequeno, motor três cilindros, dois tempos, e alinhou contra os carros da época, possantes carreteras com mais que o dobro de sua cilindrada e potência. Marinho não se intimidou, foi à luta e venceu a corrida na geral. Começou aí sua fama de Rei das Corridas de Rua".
"Em outubro de 1959, viajando com a equipe da Vemag, foi assistir os “III Circuito de Poços de Caldas” (MG). Na comemoração da vitória do “Marinho” Camargo, em um restaurante da cidade, pediu uma omelete. Veio uma coisa enorme, que passava da bordas do prato. Quando alguém perguntou quem era aquele garoto com 13 anos, o preparador Sergio “Cabeleira” respondeu: “Não está vendo? É o “Papa-Omelete!”. Sobre Jan Balder, importante nome do automobilismo brasileiro.
No filme é possível ver ainda o lendário piloto Chico Landi e seu inconfundível boné, bem como cenas tomadas na Rua Assis Figueiredo (palco de um acidente), a torre do Mercado Municipal, a largada e imagens feitas da varanda do palacete da Prefeitura Municipal, entre outras
Na bandeirada, uma pessoa que aparenta ser o então prefeito David Benedito Ottoni Filho.
Para saber mais, clique aqui e aqui.

IGREJA MATRIZ

  
A Basílica de Nossa Senhora da Saúde fica na Praça Monsenhor Faria de Castro, local que no passado abrigou um cemitério.
     
Construída de 1937 a 1954, suas linhas arquitetônicas foram inspiradas em uma igreja francesa, informa o site da Prefeitura de Poços de Caldas, sem contudo dizer qual igreja. Em 1994 foi tombada pelo Patrimônio Histórico da cidade e há anos necessita de reformas, especialmente externas.
  
Na foto antiga, do acervo de Deborah Soares, enviada pelo amigo Clisthenis Betti, é possível ver a construção ainda no início. Note que nem mesmo a cobertura da entrada da Igreja estava pronta. A foto colorida é atual.
  
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ATUALIZANDO - A Matriz tem seu projeto inspirado na Igreja do Sagrado Coração, em Dieppe, França.
  

domingo, 6 de fevereiro de 2011

JOGOS ABERTOS


Do acervo do Memória de Poços, esta flâmula é de 1963, alusiva ao "V Jogos Abertos de Poços de Caldas". 
  
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sábado, 5 de fevereiro de 2011

NOVOS BAIRROS


Grandes mudanças acontecem também em curtos espaços de tempo. Compare as fotos de parte do que hoje é o bairro Jardim Europa com o mesmo local em 1999, ambas feitas do alto da Serra, no Cristo.
  
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CALÇADAS E JARDINS

 
Se tem uma coisa da qual nos orgulhamos são os jardins centrais de Poços de Caldas. Pode prestar atenção: sempre tem alguém cortando grama. Parece até que metade dos milhares de funcionários municipais são jardineiros.
  
Mas boa parte dessa beleza é pura aparência. Uma cidade bonita se faz, entre outros, com natureza exuberante, jardins e parques bem cuidados. Mas detalhes aparentemente pequenos como um meio-fio desalinhado e interferências de determinadas obras contribuem negativamente com o cenário.
  
Compare as duas imagens acima, feitas no mesmo ponto da Avenida Francisco Salles. A mais antiga é de 1962, a colorida é atual. Note que a calçada era regular e a vegetação de arbustos limitava a beira do rio mas não escondia a vista. Observe a largura e higiene do passeio antigo. Agora preste atenção na situação de hoje: calçada estreita, encardida, mato alto para disfarçar a estrutura medonha do Monotrilho, além da enorme proteção de concreto na base do pilar. Estamos escondendo nossa cidade atrás de um aparente "conservacionismo verde".
  
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sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

REPRESA SATURNINO DE BRITO


Represa Saturnino de Brito, na ocasião de sua inauguração. em 1936. A represa é uma precursora dos chamados "piscinões" que existem hoje em São Paulo, servindo de contenção para evitar enchentes.
  
A foto atual "engana", passando a impressão de que pouca coisa mudou naquele cenário -a represa é hoje toda cercada.
  
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quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

HOTEL MINAS GERAIS

O Hotel Minas Gerais é um dos mais tradicionais de Poços de Caldas. Fundado em 1946, ano em que o jogo foi proibido no Brasil, provocando o fechamento dos muitos cassinos existentes na cidade, o hotel tem manutenção de qualidade, grandes salões e algum mobiliário de época. É um exemplo de preservação de patrimônio.
 
A fachada sofreu mínimas alterações, conforme é possível notar pelas imagens: a foto do alto é atual; as demais são antigos cartões postais do acervo do Memória de Poços de Caldas, provavelmente do final dos anos 1940 ou começo dos anos 1950. Note os números de telefones do hotel no postal: 227, 228 ou 229.
 
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quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

PREFEITURA MUNICIPAL


Um prédio que mantém as características históricas é o da Prefeitura Municipal de Poços de Caldas, conforme é possível notar nas imagens acima, comparando o palacete nos anos 1930 e atualmente.

Uma ideia interessante seria "esconder" a fiação que passa diante da fachada, eliminando o emaranhado de fios (cerca de 30, visíveis na foto atual) que interfere na fachada do prédio. Também o poste com semáforo na Rua Minas Gerais poderia ser mudado para a calçada oposta, saindo do campo de visão da fachada, o mesmo valendo para as placas dos nomes das ruas e a lixeira que ali está. Serviço que DME e secretarias fariam tranquilamente.

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terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

PALACE CASINO


Imagem feita da varanda do Palace Hotel destaca o Casino, neste cartão-postal circulado em 1963, do acervo do Memória de Poços de Caldas. No verso, uma menina chamada Laura escreveu: "À querida amiguinha Yara, ofereço este postal como prova de nossa amizade que perdurará para sempre. P.C. 13.8.963".
  
Outro detalhe interessante é a presença do Chevrolet Bel Air 1956 azul e branco, talvez o mesmo carro mostrado aqui.
  
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