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domingo, 9 de dezembro de 2012

MONUMENTO NÃO É PARQUINHO!

Tomo emprestada a foto do Luis A. Gaiga para fazer um protesto contra a prefeitura de Poços de Caldas: quem foi que disse que monumento é brinquedo de playground? Obras de arte são para contemplação! 
  
Passou da hora do Poder tomar uma atitude para impedir essa "interação" antes que o patrimônio seja destruído. É função policial, pois cobrar educação de crianças cujos pais nunca dizem não, é perda de tempo.
  
Para quem não conhece o significado dos "brinquedos", há detalhes aqui.
  
Clique nas imagens do Memória de Poços de Caldas para ampliá-las.
"Povo que não conhece sua história está condenado a repeti-la".

sexta-feira, 25 de junho de 2010

AYRTON SENNA


Em 1994 o mundo das corridas perdeu boa parte da graçae nomes como Imola ou Tamburello entraram definitivamente no vocabulário dos brasileiros. Senna para os fãs, Ayrton para os íntimos e Beco para a família, saía da vida para entrar na história.

Desnecessário falar das virtudes de Senna ou o que ele representou -o brasileiro que batalha e vence ou o exemplo de dedicação ao trabalho na busca de um objetivo, encontrando a morte justamente num "acidente de trabalho". Quinze anos depois, seu nome contribui, por meio do Instituto Ayrton Senna, na educação e formação de mais de dois milhões de crianças e jovens.

Ayrton Senna da Silva é o nome de uma praça existente no início do bairro Dom Bosco, na qual há uma estátua do piloto. É uma praça pequena, simples, sem qualquer indicação, razovelmente cuidada. A estátua está em condições lamentáveis, muito abaixo do mínimo que um personagem da importância de Senna merece: desbotada, manchada, o clássico boné do Banco Nacional sem a aba, o rosto do piloto parecendo uma caricatura e, para finalizar, no macacão do piloto é possível ler o nome "SENA" com um "n" apenas, como se fosse um bilhete de loteria.

Merece mais quem foi, além do esportista, um modelo de cidadão e ser humano.
 
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domingo, 20 de junho de 2010

PRACINHAS DA F.E.B.


Poços de Caldas participou da Segunda Guerra Mundial. Daqui partiram 16 militares de diversas patentes para lutar na Europa entre 1944 e 1945, como integrantes da Força Expedicionária Brasileira - F.E.B.

Em abril de 1973 receberam justa homenagem, na forma do monumento que você vê na foto acima, localizado na Praça Getúlio Vargas, defronte à Urca.

No pedestal da obra, os nomes dos militares: Ten. Dr. Miguel A. R. Mollo; Sgt. Aureliano Primo Ferro; Sgt. Jovino Gentilini; Sgt. Newton Delgado; Sgt. José Oswaldo Ferreira e Silva; Sgt. Wilson Marcondes de Paula; Sgt. Domiciano Vieira; Cb. Humberto Vita; Cb. Haroldo do Carmo; Cb Paulo Alvise; Sd. Mário Togni; Sd. Ruy Delgado; Sd. Geraldo de Carvalho; Sd. Mario Veronezzi; Sd. José Ferreira; Sd. Waldomiro Alves Costa.

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sábado, 5 de junho de 2010

MINAS AO BRASIL


Poços de Caldas tem uma incrível concorrência de locais merecedores da classificação “Cartão Postal”. Entre as muitas obras de arte espalhadas pela cidade, uma das mais bonitas e representativas é o monumento denominado “Minas ao Brasil”.

A obra toda tem símbolos importantes, a começar pelo homem nu, em bronze, de braços abertos, simbolizando que Minas Gerais oferece ao povo brasileiro os benefícios da estação balneária e recebe a todos de braços abertos.

No alto do obelisco que sustenta o homem nu, estão esculpidas estrelas nas quatro faces da pedra, indicando que Minas é parte da Federação. No centro de cada estrela, uma lâmpada ladeada por dois martelos, que representam as minas. A lavoura aparece simbolizada por ramos de café. Sobre cada estrela, uma faixa com os dizeres: "Libertas Quae Sera Tamen"; abaixo a inscrição "Estado de Minas Geraes".

Na parte frontal do monumento está representado o Altruísmo, em bronze, mostrando um médico socorrendo a humanidade sofredora, na figura de uma mulher em posição de alquebramento físico. Sob esse conjunto, a inscrição “O Estado de Minas Ao Brasil MCMXXIX” (1929).

Duas das laterais têm, entalhadas na pedra, bustos de mulheres segurando cântaros, dos quais “vertem” as águas medicinais. Frisos verticais em toda a volta da base representam as nascentes hidrominerais de Poços de Caldas.

Na parte posterior do monumento, uma espécie de pergaminho desenrolado com a inscrição: “Conselheiro José Bento da Cunha Figueiredo MDCCCLXII” (1862), homenagem ao Barão do Bom Conselho, Presidente da Província de Minas Gerais em 1862. Foi do Barão o primeiro passo no sentido de beneficiar as águas termais, visando aprimorar o aproveitamento, a comodidade e a higiene dos poços.

Outra inscrição diz: “Presidente Antonio Carlos Ribeiro de Andrada MCMXXVI – MCMXXX” (1926 – 1930), em homenagem àquele que mandou construir o complexo turístico do Palace Casino, as Thermas que levam o seu nome e o Parque José Affonso Junqueira. Em sua gestão também aconteceu a reforma e ampliação do Palace Hotel, bem como a urbanização da Praça Dr. Pedro Sanches.

O monumento Minas ao Brasil ficava originalmente na Praça Getúlio Vargas, próxima à Urca, mas foi transferido para o centro da cidade em 1948, na gestão do prefeito Miguel de Carvalho Dias.

Na sua próxima passagem por lá, que tal uma parada para contemplar esta belíssima obra de Giulio Starace?

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sexta-feira, 4 de junho de 2010

A PRIMEIRA MATRIZ


Bem no centro de Poços, na Rua São Paulo, em frente à Caixa Econômica Federal, esconde-se (literalmente) um marco histórico de Poços de Caldas: a Igreja de Santo Antônio. Pequenina, quase uma capela, está espremida entre prédios, lamentavelmente construídos sem o necessário espaço recuo que este monumento merece.

No interior da igreja, toda ela em excepcional condição, há uma pintura que conta a história do templo, cujo texto é reproduzido abaixo:

SÍNTESE HISTÓRICA
"extraído do livro de tombo"
1881 - Doação do terreno.
1882 - Início da construção deste templo,
"Primeira matriz da cidade."
1883 - Consagração da igreja ao
Senhor Bom Jesus da Cana Verde.
1887 - Edificação da tôrre.
1905 - Construção da sacristia.
1907 - Entronização da imagem do glorioso
Santo Antônio, que passou a dar o nome à igreja.
1960 -- 1965 -- 1970
Substanciais reformas
A mais importante - reforma do telhado que
ameaçava ruir em 1960.
Barão de Ibitinga, doador do terreno.
Antônio Ferreira Rodrigues e sua esposa
dona Olimpia, que, com Joaquim Bernardino Breves,
construiram a igreja.
Mons. Trajano Barroco, que entre as inúmeras
realizações em prol do bem estar material,
intelectual e espiritual dos Poçoscaldenses,
incluiu as três últimas reformas dêste templo.
Dezembro de 1970.

A Rua São Paulo é outra passagem obrigatória em Poços, mas a igreja é quase "invisível". Vale a visita, pois ali está uma parte importante da história da Cidade.

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segunda-feira, 24 de maio de 2010

MARCO DIVISÓRIO


Muito mais do que o nome de um bairro na divisa de Minas Gerais e São Paulo, em Poços de Caldas, o “Marco Divisório” é um ícone histórico.

Definir a linha que divide os dois Estados foi um problema que teve início logo após a extinção do sistema de Capitanias. A região onde está Poços de Caldas pertencia a duas das capitanias, até que Portugal resolveu estabelecer os limites de divisa, “interpretados” ao gosto dos mineiros e dos paulistas, por causa do ouro e das águas sulfurosas.

O assunto atravessou o Império e chegou à República, até que em 25 de maio de 1935 foi constituída uma Comissão Mista para estudar a questão dos limites.

A comissão paulista era integrada por Francisco Antônio de Almeida Morato, professor da Faculdade de Direito do Largo de São Francisco e os engenheiros João Pedro Cardoso e Aristides Bueno. A comissão de Minas Gerais contava com Milton Campos, Benedito Quintino dos Santos e Temístocles Barcelos.

Definidos os limites, depois de muito trabalho, foram cravados marcos na linha da fronteira, todos de granito aparelhado e de forma prismática, tendo esculpidas numa das faces “São Paulo”, na outra, “Minas Geraes” e na terceira o ano “1936”.

Para marcar o encerramento dos trabalhos da Comissão, foi lavrada uma ata na linha divisória entre Cascata e Poços de Caldas, com a presença de autoridades e da Banda Municipal Maestro Azevedo, onde foi levantado um obelisco para comemorar o acordo, o chamado Obelisco da Cascata, observado nas fotos acima.

O Obelisco da Cascata situa-se na Fazenda Pinheirinho (que foi propriedade dos irmãos Emerenciano, Gabriel José e Joaquim Junqueira), foi inaugurado em 31 de julho de 1937, data do termo final da cravação dos marcos, junto aos trilhos da Estrada de Ferro Mogiana, e teria dado o nome de “Marco Divisório” à região.

O Obelisco da Cascata está cercado em área de pasto, em bom estado, mas sem manutenção oficial. A base tem quatro faces, onde foram esculpidas gravações em ortografia da época: “SÃO PAULO” numa face e “MINAS GERAES” na face oposta, indicando os lados da divisa; “EM COMMEMORAÇÃO DO ACCORDO DE SÃO PAULO E MINAS GERAES DE 28 DE SETEMBRO DE 1936 FIXANDO AS DIVISAS DOS DOUS ESTADOS” num lado e, por fim, “MANDADO ERIGIR PELOS ARBITROS FRANCISCO MORATO E MILTON CAMPOS E SEUS AUXILIARES SOB O GOVERNO DE ARMANDO DE SALLES OLIVEIRA E BENEDICTO VALLADARES”, no outro lado. Apesar de preservada, esta última inscrição já está se perdendo, por desgaste natural.

O Obelisco da Cascata, por sua importância histórica, poderia ser transformado em ponto de visitação, com os devidos cuidados, pois está em um local de fácil acesso e cercado de belas paisagens.
 
O autor da foto antiga é desconhecido.

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