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sábado, 22 de julho de 2017

FESTA UAI, NA ORIGEM

Opinião publicada pelo Estadão, em 12 de agosto de 1984.
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"Povo que não conhece sua história está condenado a repeti-la".

domingo, 21 de maio de 2017

CARROS E CHOFERES

Reprodução de um curioso convite publicado no "Sino da Basílica", jornal da Basílica de Nossa Senhora da Saúde. Data de 27 de novembro de 1949.
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terça-feira, 31 de janeiro de 2017

KENNEDY: LUTO OFICIAL

Curiosidade: em 1963 o então prefeito de Poços de Caldas decretou luto oficial de três dias pelo "infausto passamento" de JFK, presidente dos Estados Unidos.


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quarta-feira, 16 de novembro de 2016

1883: RAMAL DE CALDAS E DADOS TÉCNICOS

Eis um material raramente visto: o Relatório de 1883 da Cia. Mogyana apresentando em detalhes o projeto de implantação do Ramal de Caldas, que em em 1886 culminou com a chegada da ferrovia a Poços de Caldas.

Há dados interessantes, como as especificações do então denominado "Viaducto dos Poços", mais tarde "Viaducto Grande", do qual restam os conhecidos Pilares da Mogyana, nas imediações do bairro Novo Mundo e PUC, e seu "gêmeo", o "Viaducto do Mudo", atual Viaduto do Tajá, localizado na Serra, sob jurisdição de Águas da Prata.

Outros dados curiosos: no material, o Ramal de Caldas, de 77 km de extensão entre Aguaí (antiga Cascavel) e Poços de Caldas, tem apenas 26,7 km de trechos em nível ("planos") e mais de 50 km em aclives e declives. Impressionante. Das estações ao longo do Ramal, somente as de São João da Boa Vista eram de "1a. Classe".

Confira mais detalhes nas reproduções a seguir.
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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"Povo que não conhece sua história está condenado a repeti-la".

segunda-feira, 14 de novembro de 2016

ALMANACH: QUANDO POÇOS DE CALDAS NASCIA

Sensacional achado do Memória de Poços de Caldas: trata-se do "Almanach Sul-Mineiro" datado de 1874, dois anos após a fundação da cidade. O material pertence ao acervo da Biblioteca Nacional e nos brinda com informações preciosas como "A povoação já tem 34 casas" ou "não tem agencia de correio".

Vale a pena conferir!

 
 
 
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domingo, 23 de outubro de 2016

FOOTING NOCTURNO

Publicado no jornal Folha da Manhã, em 12 de agosto de 1933.
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quarta-feira, 3 de fevereiro de 2016

A SUISSA BRASILEIRA

Bilhete postal e informações aos hóspedes dos antigos Hotel das Thermas e Grande Hotel. A data é anterior a 1931, fonte Acervo Digital da Biblioteca Nacional.
Como seria, à época, alguém não "decentemente vestido"?
 
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quinta-feira, 26 de março de 2015

RAMAL DE CALDAS: CURIOSIDADES


Os irmãos Guilherme e Nicolau Rehder empreitaram a construção, iniciada em 1873, do trecho Mogi-Mirim a casa Branca, no interior de São Paulo, da Cia. Mogyana.

Esse trecho da ferrovia passava nas terras de São João da Boa Vista, naqueles tempos ainda uma vila. Em 1878, a Cia. Mogyana construiu ali uma estação, que recebeu o nome de Caldas, mais tarde denominada Engenheiro Mendes.

Em 1883 iniciou-se a construção do Ramal de Caldas, ligando a então estação paulista de Caldas a Poços de Caldas, passando por São João da Boa Vista. Não havendo acordo com os proprietários de terras sobre a cessão de áreas para a passagem dos trilhos, uma nova estação acabou sendo construída no vilarejo de Bom Jesus de Cascavel, mais tarde denominada Aguaí.

Para a obra do Ramal de Caldas foi contratado o engenheiro polonês Alexander Brodowsky, que tornou-se famoso por resolver o problema de ascensão da ferrovia no trecho de serra até Poços de Caldas.

A construção foi dividida em duas seções: da estaca zero até o km 42, contratada com Joaquim Gomes Netto; do km 42 até o ponto final, km 76, em Poços de Caldas, a responsabilidade foi de Nicolau Rehder.

O trecho de serra entre Águas da Prata e Poços de Caldas é considerado o de construção mais difícil executado pela Cia. Mogyana. No Túnel ali existente, em uma das entradas, é possível ver as iniciais de Nicolau Rehder, gravadas no cimento.

Uma história curiosa, contada pelos descendentes de Rehder: quando ficou pronta a ferrovia para Poços de Caldas, as pessoas tinham receio de fazer a primeira viagem, por conta do Túnel e dos Pontilhões (o Tajá é o maior deles).

"Nicolau fez uma viagem colocando toda sua família e os operários que trabalharam na construção num vagão, subindo a serra em marcha-ré. Terminada a façanha, disse a todos que o aguardavam na estação final: 'Se nada aconteceu à minha família, nada acontecerá a ninguém'", relata o livro Alemães, Suecos, Dinamarqueses e Austríacos em São João da Boa Vista, de Jaime Splettstoser Junior, fonte das fotos abaixo, de 1910, pertencentes ao acervo do Museu da Cia. Paulista de Ferrovias.

Brodowsky foi nome de uma rua em Poços de Caldas, hoje a Rua Padre Feijó, no centro da cidade.

 
Estação Poços de Caldas
 Trecho da Serra
 Tajá
 Túnel
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segunda-feira, 9 de junho de 2014

FIM DA SEGUNDA GUERRA MUNDIAL


Mais um achado interessante, do site da Prefeitura de Poços de Caldas: o fim da Segunda Guerra Mundial mereceu -com justiça- um feriado municipal, decretado pelo prefeito Joaquim Justino Ribeiro, que governou a cidade entre 1939 e 1945. Para conhecer todos os ex-prefeitos de Poços de Caldas, clique aqui.

Um personagem folclórico de Poços de Caldas foi o Zé Biri, cuja história também tem uma passagem importante no final da Guerra: ele recebia os Pracinhas na Estação e os carregava nos ombros. Saiba mais aqui.

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domingo, 8 de junho de 2014

PROMOÇÃO POR ANTIGUIDADE


Do site da Prefeitura de Poços de Caldas, mais uma curiosidade: a "promoção por antiguidade" do servidor Armando Mendes, Encarregado de Jardins. Em homenagem ao servidor, uma praça do Parque Vivaldi Leite Ribeiro recebe seu nome.

Interessante pensar em leis escritas à mão e arquivadas assim, mesmo há meio século.

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"Povo que não conhece sua história está condenado a repeti-la".

quinta-feira, 27 de fevereiro de 2014

OS JARDINS DE DIERBERGER

"Desembarcava em 25 de dezembro de 1890, no Rio de Janeiro, o jovem Jardineiro João Dierberger. Tinha vinte anos e não trazia consigo outra bagagem senão a arte profissional, vontade de trabalhar e vencer nesta parte do novo mundo. Tinha 24 anos ao fundar sua firma.

A segunda geração é representada por João Dierberger Junior e Reynaldo Dierberger, com formação acadêmica concluída em 1919. Ambos se destacaram nas atividades às quais se dedicaram, tendo como base estratégica os cultivares da fazenda Citra.

João, por um lado, se associa a João Carlos Batista Levy, para enviar, de forma pioneira no país, laranjas para o mercado europeu. Reynaldo viria a se tornar figura exponencial na área de Paisagismo. Seu nome ainda está por merecer um estudo que o situe com justiça na história dos jardins no Brasil.

São jardins de residências, como a do Conde Crespi, Henrique Villares, parques como Araxá, Poços de Caldas, Jardim do Ipiranga, Palácio da Guanabara, Praça de Tiradentes em Belo Horizonte, entre muitas outras". Adaptado do texto disponível aqui.

E quais são, afinal, as marcas de Reynaldo Dierberger em Poços de Caldas? Importante lembrar que de 1927 a 1929 a cidade seria administrada pelo Prefeito Carlos Pinheiro Chagas, que executaria as obras planejadas pelo Presidente Antônio Carlos, contratando especialistas de renome nacional: para as obras de água e esgotos os engenheiros Saturnino de Brito e Saturnino de Brito Filho; na edificação da Thermas, do Palace Hotel e do Palace Casino o arquiteto Eduardo Pederneiras; parques e jardins o paisagista Dierberger.

A mais visível intervenção de Dierberger, embora de conhecimento restrito a especialistas, são os jardins do Parque José Affonso Junqueira, notadamente a porção da Praça Pedro Sanches, que mantém muito das características originais do projeto. Compare nas duas imagens abaixo.

Outro projeto importante, e pelo qual boa parte dos poçoscaldenses passa diariamente e quase não se dá conta é a atual Praça Getúlio Vargas, que abrigava originalmente o fabuloso Monumento Minas ao Brasil, que hoje serve até de "poleiro" a crianças e adultos mal educados, na Praça Pedro Sanches. Abaixo estão as imagens do projeto original, a praça em seus melhores dias e a situação atual, com o Relógio Floral.

Dierberger deixou sua marca também no paisagismo do parque da Fonte dos Amores. Em 1929, por interferência do prefeito Carlos Pinheiro Chagas e de Antonio Carlos, Presidente de Minas Gerais, o local tornou-se ponto de visitação. A parte paisagística foi executada por Dieberger, enquanto Giulio Starace foi encarregado de es­culpir a estátua de dois jovens abra­çados, simbolizando o amor.

Na imagem a seguir, uma vista da cidade tomada da Fonte dos Amores, na década de 1940. É possível observar alguns detalhes do paisagismo local.

Há ainda um relato interessante: em 1928, Dierberger tinha uma propriedade em Poços de Caldas, que serviu de sede a uma empresa especializada na cultura de cravos e rosas, para a produção de flor cortada -durante muito tempo Poços de Caldas foi conhecida pelos epítetos "Cidade das rosas" ou "Cidade Rosa".

Os descendentes de Dierberger continuam atuando no setor agrícola, notadamente na produção frutífera e, felizmente, na arquitetura paisagística.

Saiba mais sobre a saga da família Dierberger clicando aqui e conheça uma seleção dos trabalhos históricos, incluindo os de Poços de Caldas, clicando aqui.

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quinta-feira, 2 de janeiro de 2014

O MAGAREFE

No site da Prefeitura de Poços de Caldas é possível encontrar algumas curiosidades históricas na seção de Legislação. É o caso da nomeação da imagem acima, manuscrita, assinada pelo prefeito Joaquim Justino Ribeiro, que governou a cidade entre 1939 e 1945, indicando Anelo Antonio Poloniato para o cargo de Magarefe do Matadouro Municipal. Em desuso, o termo "magarefe" significa, de acordo com o Dicionário Aulete, "aquele que abate e tira a pele das reses nos matadouros; açougueiro, carniceiro".

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quinta-feira, 23 de maio de 2013

RECLAMES, 1925 - 4

Reclame era a forma pela qual eram conhecidas as veiculações publicitárias, antigamente.
  
Memória de Poços de Caldas recebeu recentemente o raro livro "Uma Estação em Poços de Caldas", de Carlos da Maia, 1a. edição, de 1925, do qual destaca, ao longo dos próximos dias, as publicidades que foram ali veiculadas. São de formato simples, mas o conteúdo sempre é interessante. Acompanhe.
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"Povo que não conhece sua história está condenado a repeti-la".

quarta-feira, 22 de maio de 2013

RECLAMES, 1925 - 3

Reclame era a forma pela qual eram conhecidas as veiculações publicitárias, antigamente.
  
Memória de Poços de Caldas recebeu recentemente o raro livro "Uma Estação em Poços de Caldas", de Carlos da Maia, 1a. edição, de 1925, do qual destaca, ao longo dos próximos dias, as publicidades que foram ali veiculadas. São de formato simples, mas o conteúdo sempre é interessante. Acompanhe.
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"Povo que não conhece sua história está condenado a repeti-la".

terça-feira, 21 de maio de 2013

RECLAMES, 1925 - 2

Reclame era a forma pela qual eram conhecidas as veiculações publicitárias, antigamente.
   
Memória de Poços de Caldas recebeu recentemente o raro livro "Uma Estação em Poços de Caldas", de Carlos da Maia, 1a. edição, de 1925, do qual destaca, ao longo dos próximos dias, as publicidades que foram ali veiculadas. São de formato simples, mas o conteúdo sempre é interessante. Acompanhe.
  
 
O "importante prédio" foi demolido, e hoje abriga a agência do Itaú na esquina das Ruas Assis Figueiredo e Prefeito Chagas. A empresa funcionava não apenas como casa bancária, atuando também no comércio de "seccos e molhados", alfaitaria, lâmpadas Edison, comissaria de café, além de representar as marcas de automóveis Cadillac e Oldsmobile.
 
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"Povo que não conhece sua história está condenado a repeti-la".

RECLAMES, 1925


Reclame era a forma pela qual eram conhecidas as veiculações publicitárias, antigamente.
   
Memória de Poços de Caldas recebeu recentemente o raro livro "Uma Estação em Poços de Caldas", de Carlos da Maia, 1a. edição, de 1925, do qual destaca, ao longo dos próximos dias, as publicidades que foram ali veiculadas. São de formato simples, mas o conteúdo sempre é interessante. Acompanhe.
 
Interessante notar a expressão "A Suissa Brasileira" e "Poços está ligado a São Paulo e Rio pelo telephone".
   
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"Povo que não conhece sua história está condenado a repeti-la".

segunda-feira, 3 de dezembro de 2012

O HISTÓRICO LEITO DA FERROVIA: NADA DECIDIDO

ISSO NÃO É DEMOCRACIA!
ISSO NÃO É PARTICIPAÇÃO POPULAR!
LEITO DA FERROVIA SEGUE COMO CANDIDATO À AVENIDA.
  
A imagem acima é uma compilação da Ata da 26a. Reunião do Comdurt, abreviatura do pomposo "Conselho Municipal de Desenvolvimento Urbano e Territorial".

Em reunião realizada em agosto, foi discutida e proposta de modificação da absurda diretriz colocada sabe-se lá por quem e com que interesses, que "prevê" a transformação do leito da ferrovia em uma fantástica, formidável, espetacular "avenida estrutural", tida por alguns como a verdadeira panaceia de todos os males do trânsito de Poços de Caldas, capaz de desafogar o centro e outros discursos sem pé nem cabeça para justificar o injustificável: enterrar de vez o passado, e o pior, o futuro da ferrovia na cidade e toda importância que fundamenta o projeto Poços na Linha.
 
Fato é que nessa reunião foram colocados em discussão dois documentos que protocolei na prefeitura, um com 19 considerações sobre a reativação do trecho urbano ferroviário da cidade, e outro pleiteando a reforma da absurda diretriz citada acima.

A reunião foi em agosto, os documentos foram protocolados em março e a prefeitura sequer se dignou a informar este cidadão sobre as discussões. Coube, portanto, a mim, o trabalho de "garimpar" o que era obrigação do Poder. 

Essa Ata pontua algumas falas que merecem comentários. Como é documento público, mantenho os nomes:

-"O cons. Francisco Innechi entende que um trem seria interessante somente no trecho urbano". Todo nosso projeto está amparado apenas no trecho urbano, que vai do Centro à Bauxita -CBA -a própria Avenida Celanese, onde fica a CBA, integra o perímetro urbano.

-"O cons. Parisi esclarece que toda a linha foi retirada, e considerando a sinuosidade do trilho e os custos, entende como economicamente inviável a implantação do trem de passageiros". Está errado! Fiz mais de 20 apresentações demonstrando que os recursos são do Governo Federal, verba carimbada, e estão sendo ofertados desde fevereiro deste ano. Além disso, quem entende do assunto, a ABPF, afirma a viabilidade antes mesmo de realizado o Estudo de Viabilidade Técnica, que certamente o conselheiro não tem.

-"O cons. Guilherme informa que no CONDEPHACT foi aberto o Estudo de Processo de Tombamento do trecho correspondente ao antigo traçado férreo visando proteger somente o espaço como via". Não tenho intelecto suficiente para entender o que quer dizer "somente o espaço como via". Mas não me parece uma coisa boa. Se alguém puder explicar, agradeço. 

-"Em votação é aprovada, por unanimidade, a proposta da SEPLAN, incluindo a alteração da definição de via estrutural". A proposta da Seplan é pela falta de propostas. E suspeito de toda unanimidade.

-"As intervenções, tanto da implantação de uma via estrutural como o retorno da linha férrea, envolvem expressiva parcela da população, principalmente da região Oeste". Qual é a "expressiva parcela da população" que entende e, principalmente "defende" uma avenida ali no leito?

Seguindo:

"O estabelecimento do macrozoneamento ZAP – Zona de Adensamento Preferencial, na região Oeste, foi instituído no Plano Diretor de 2006 levando-se em conta a futura ampliação da malha viária para o atendimento de grandes contingentes populacionais, através da implantação das vias estruturais". Aqui é impossível compreender se o crescimento da zona oeste demandará avenidas ou se as avenidas levarão crescimento à zona oeste. 
  
Depois, a Ata demonstra que a Seplan jogou o assunto para o futuro: "A SEPLAN propõe a manutenção da diretriz, porém, sugere que a proposta seja analisada quando da realização do Projeto Básico do Macro Sistema Viário contendo plano de diretrizes de arruamento a ser realizado num prazo de 36 meses".
 
Em minha opinião faltou coragem à Seplan e ao Conselho. Não estão enxergando -e sequer estão aprofundando o suficiente a discussão- de que a reconstrução dos 8 km de ferrovia entre o Centro e a Bauxita servem não apenas para a implantação do Trem Turístico, mas para um futuro, muito provável e necessário meio de transporte, rodando no mesmo trilho, ligando o centro da cidade à populosa Zona Sul, atendendo ainda pelo menos três universidades (Unifal e PUC na zona oeste, Pitágoras no centro), tudo isso com recursos que são nossos, disponibilizados pelo Governo Federal, considerando que Poços de Caldas manda muito mais recursos à União do que recebe de volta.

Como a reativação da Ferrovia é projeto do Prefeito Eloisio, estou tranquilo. Mas é preciso pensar urgentemente na revisão desse modelo de Conselhos paritários, nos quais 50% dos votantes são da prefeitura. Passou da hora dessa representação ser efetivamente popular, e trabalhar pelo interesse exclusivo da população. E até onde minha visão estrábica alcança, a ferrovia é muito mais interessante para o futuro turístico, comercial, de mobilidade urbana e de educação do que uma avenida dita "estrutural", cuja definição parece que vão mudar...
 
Por fim: até quando vamos continuar valorizando o transporte individual na cidade em que há um carro para cada dois habitantes?

Em tempo:

Isso não é democracia. Isso não é participação popular.

De acordo com a Ata, estavam presentes 19 pessoas, entre elas o secretário-adjunto da secretaria de Planejamento e presidente do Conselho, mais três pessoas da mesma secretaria, duas pessoas do DMA (que é da mesma Pasta), uma pessoa da Habitação (também da mesma Pasta), o presidente do Condephact (que é funcionário da mesma secretaria), um representante do DME e um do DMAE, além de um arquiteto que representa, sabe-se lá por qual razão a Câmara, e um do Demutran.

Do lado, digamos, não chapa-branca, estavam sete: um representante de cada da Adismig, ASEAA, ACIA, AELO, Unifal, Sinduscon e Condephact.

Leigo eu sou, mas o mínimo era terem chamado a parte que fez as proposições (eu) para participar da discussão.

Não enxergo em nenhuma dessas pessoas representação suficiente para falar sobre um movimento como o Poços na Linha. Isso não é democracia! Isso não é participação popular!
   
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sexta-feira, 30 de novembro de 2012

COUNTRY CLUB, 1950

Imagem enviada pelo amigo Ralph M. Giesbrecht, Editor do mais completo site sobre estações ferroviárias brasileiras. Trata-se de um anúncio de lançamento imobiliário, o Jardim Country Club, localizado na região oeste da cidade.

À direita é possível observar o centro de Poços de Caldas, inclusive a silhueta do Edifício Bauxita, único prédio da cidade, bem como a baixa ocupação ao longo da Avenida João Pinheiro.

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"Povo que não conhece sua história está condenado a repeti-la".

quarta-feira, 19 de setembro de 2012

SEGREDOS DA MAÇONARIA

Esta pequena casa fica na esquina da Avenida Sen. Salgado Filho com Rua São José. Com a poda das  árvores, surgiram elementos importantes: símbolos maçônicos, notadamente o compasso, e o ano "1914". Abaixo, algumas informações obtidas sobre o imóvel, publicadas na página do Nilton Junqueira, no Facebook:

"A casa em questão pertenceu a Orlando Manhães Barreto, membro regular e ativo da Estrela Caldense, iniciado em 23/12/1911. Em 1909 o Major Luiz Loiola exerceu a Prefeitura inteirinamente por 6 meses. Nessa ocasião nomeou como Administrador do Matadouro o Sr. Orlando Manhães Barreto em substituição a Anardino Nogueira. O nome de Orlando Barreto ainda aparece como Administrador do Matadouro durante a gestão do Dr. Policarpo de Magalhães Viotti (1919/1920). Era avô do nosso querido Paulinho Barreto, Encarregado de Feiras Livres na PMPC". Luiz Roberto Judice.
  
"Orlando Manhães Barreto foi apresentado na Loja Maçônica “Estrela Caldense” em 11 de novembro de 1911, era brasileiro, casado, 33 anos, empregado público, filho legítimo de Leonardo Manhães e natural de Campos, estado do Rio de Janeiro. Orlando Manhães foi iniciado em 23 de dezembro de 1911, quando era Venerável o Ir:. Antonio Pessoa de Almeida, 1º Vigilante João Thomaz Pereira, 2º Vigilante Antonio Canhedo, Secretário Alfredo Tristão, Orador Joaquim Ferreira da Silva e Tesoureiro Alípio da Cruz. O Ir:. Orlando Manhães ocupou diversos cargos complementares na Loja, durante muitos anos. Essas informações foram compiladas através de pesquisa que fiz, e continuo fazendo, nas Atas da” Estrela Caldense” durante mais de 23 anos". Hélio Antônio Scalvi. 
  
Tratando-se de uma construção quase centenária, certamente merece mais atenção e cuidados. O Condephact poderia se manifestar, também.

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segunda-feira, 3 de setembro de 2012

CIA. MELHORAMENTOS

A imagem acima, enviada pelo amigo Tony Belviso, é de uma Ação da Cia. Melhoramentos, empresa da qual há uma boa referência num trabalho acadêmico, cujo link está ao final. Acompanhe:
  
"Duas empresas marcaram época em Poços de Caldas. A primeira delas, a Companhia Termal de Poços de Caldas foi criada em 1906 para realizar os projetos de construção do então prefeito Policarpo Rodrigues. A empresa deveria cuidar de toda a iluminação da cidade, da água e esgoto, da edificação da Igreja Matriz, construção de ruas e avenidas, além de um balneário e um hotel modelo, com teatro e cassinos. Em compensação, a Companhia teria direito a toda renda obtida com os banhos termais e jogos durante 25 anos. Porém, a empresa não atingiu os objetivos e, em 1911, foi arrendada para uma nova firma, a Companhia Melhoramentos de Poços de Caldas, que deu continuidade aos trabalhos.

A cidade era governada por Francisco Escobar (1909-1918), um dos políticos que mais colaborou para o desenvolvimento e divulgação da estância. A nova prestadora de serviços foi quem construiu, por iniciativa de Escobar, o primeiro luxuoso cassino e hotel de Poços. Era o Politeama, em anexo com o Grande Hotel.
  
Encabeçada por diversos empresários, era de responsabilidade da Melhoramentos construir ainda mais um hotel e outro cassino extramente luxuosos, o que mais tarde seriam o Palace Casino e o Palace Hotel. A empresa atravessava um período de desenvolvimento, assim como Poços de Caldas. 
  
Além de construir, os empresários também conseguiram monopolizar os serviços de jogos e hotelaria da cidade. Entretanto, para conseguir esta condição, a empresa deveria cumprir com todos os acordos firmados com a Prefeitura.
  
Em meados da década de 20, a Melhoramentos entrou em crise. Inúmeros empréstimos foram solicitados ao Estado, mas sem dinheiro para continuar, as obras foram paradas e a empresa foi à falência. A sociedade poços-caldense da época festejou o fechamento da firma, uma vez que ninguém podia investir em hotéis ou jogos, já que a exclusividade era da Melhoramentos.
  
Em 1927, já com Francisco de Paula Assis Figueiredo (1931-1939) a frente da Prefeitura o monopólio dos jogos é extinto e outros salões puderam surgir em Poços de Caldas.
  
O presidente do Estado, Antônio Carlos Ribeiro Andrada, soube dos problemas que a cidade enfrentava e, por isso, assumiu o compromisso de terminar as obras iniciadas pela Companhia. A verba para tais construções seria enviada pelo Estado. Entre as obras inacabadas estavam a do Palace Hotel e do Palace Cassino". Fonte: A Era dos Cassinos em Poços de Caldas .

"Zeca da Pedra": sobre o titular da ação, Cel. José Custódio Dias de Araújo, há uma história importante: "O desbravamento da região onde está situado o município (Campestre-MG) foi feito pelos bandeirantes, que, partindo de São Paulo à procura de ouro e pedras preciosas, penetraram no território. Ponto de passagem de viajantes que se dirigiam às antigas cidades de Aparecida do Norte (SP) e Campanha (MG), logo surgiram no local os primeiros ranchos e abrigos de descendentes de portugueses vindos de Campanha, Cabo Verde e Santana. Por volta de 1890, os chefes políticos e autoridades locais, liderados pelo Cel. José Custódio Dias de Araujo, "Zeca da Pedra", descontentes com o descaso do Governo da Província de Minas Gerais, resolveram transformar o distrito em República. Mas a "República de Monte Carmelo" teve vida breve, sendo rapidamente dissolvida pelo Governo Central. Em 1911, Campestre tornou-se município".

Luis Nassif também tratou do tema. Confira clicando aqui.
  
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