sexta-feira, 28 de outubro de 2011

AVENIDA FRANCISCO SALLES

Foto postal do acervo do Memória de Poços de Caldas, do final da década de 1910, mostra a Avenida Francisco Salles, no quarteirão do Palacete da Prefeitura e Mercado Municipal -entre os dois prédios observa-se as fachadas do Polytheama e do Grand Hotel. Note os belíssimos postes no meio da rua, num tempo em que automóveis eram muito raros.
   
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quarta-feira, 26 de outubro de 2011

DIÁRIO DE SÃO BENEDITO

Material publicado no site Poços de Caldas de Prontidão. Trata-se de de um pequeno jornal, informativo da Festa de São Benedito, de 1943.
Observe na primeira página, acima,  a referência à construção da nova matriz, além da "Kermesse".
  
Notícia sobre o lançamento da pedra fundamental do "Aéreo Club", que aconteceria em 19 de abril, aniversário do presidente Getúlio Vargas. Na mesma página, o nascimento de Marlene, uma "robusta creança".
Acima, o "reclame" do Asmax, "para aqueles que sofrem de asma", mas útil também para o fígado, tosse e até para o coração.
Na última página, acima, lançamento do bairro Jardim dos Estados, "exclusivamente residencial" (o que deixou de ser há tempos), e vendas a cargo do corretor José Remígio Prezia.
  
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segunda-feira, 24 de outubro de 2011

RÁDIO DIFUSORA

Cartão postal circulado em 12 de novembro de 1975, à venda no eBay. "Poços de Caldas é uma cidade maravilhosa", disse a remetente.
   
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domingo, 23 de outubro de 2011

COUNTRY CLUB, 1939

Antigo cartão-postal, circulado em 17 de maio de 1939, diretamente "Da mais bela cidade termal do Brasil".
   
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segunda-feira, 17 de outubro de 2011

VISTA NOTURNA

Provavelmente dos anos 1950, a fotografia acima mostra Poços de Caldas à noite. O pequeno prédio de seis andares fica nas esquinas das ruas Assis Figueiredo e Barros Cobra. Compare-a com a imagem abaixo, do Google Earth. Ambas foram feitas da região da Igreja de Nossa Senhora de Fátima.
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sábado, 15 de outubro de 2011

POLYTHEAMA, DÉCADA DE 1930

 
Duas imagens, ambas de autoria desconhecida, publicadas nos livros "Poços de Caldas - Memórias em Preto e Branco", de Décio Alves de Morais, mostram detalhes do antigo Cine Teatro Polytheama, provavelmente de matinês, considerando a fila de meninas uniformizadas na entrada do prédio e a plateia de crianças no interior.
  
A foto das pessoas aguardando na entrada é do acervo de Roberto Tereziano; a da plateia é do Acervo do Museu Histórico e Geográfico, data de 1938.
  
Saiba mais digitando a palavra Polytheama no campo de pesquisas, à esquerda.
  
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quinta-feira, 13 de outubro de 2011

PASSEIO VIRTUAL PELA HISTÓRIA DA CIDADE

O Google Earth já colocou no ar as imagens do Street View de Poços de Caldas. Trata-se de um fantástico trabalho que fotografa muitas cidades do mundo, com um sistema de câmeras que possibilita imagens de 360 graus.
  
Assim, a partir de agora, é possível fazer um passeio virtual, por exemplo, pela Praça Pedro Sanches, "girar a câmera" e em segundos estar na porta (fechada) da Prefeitura; correr até a Estação da Mogyana; contemplar o Edifício Bauxita; depois cruzar o Parque correndo, parar diante do Palace Casino ainda em obras, e muitos outros lugares.
  
Para acessar, é preciso ter o programa Google Earth instalado, baixando-o pelo Google. Após instalado, abra o programa, que mostrará o planeta. No campo superior esquerdo digite Poços de Caldas para pesquisar. Localize uma rua clicando com o mouse sobre ela. Do lado direito da tela há um "bonequinho" cor de laranja. Clique nele, arrastando-o até o ponto que quer observar do nível da rua. 
   
Agora, cá entre nós, deixando um pouco a seriedade de lado: dar essa notícia antes da Prefeitura... não tem preço! Minhas mais amistosas saudações ao Prefeito e ao Secretário de Comunicações.
  
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quarta-feira, 12 de outubro de 2011

PATRIMÔNIO HISTÓRICO X POLÍTICOS SEM LIMITES

Quando o assunto é preservação do patrimônio histórico em Poços de Caldas, parece que o inferno é o limite.
   
Dia desses, ao passar diante da Estação Mogyana, notei certo movimento no armazém vizinho, no qual funciona um projeto da Secretaria de Promoção Social: estava sendo feita uma repintura (foto abaixo) da fachada daquela parte da construção. Cheguei até a pensar no atendimento de minhas preces pela recuperação decente de todo aquele complexo (por preces entenda amigo leitor o "enorme" movimento quase solitário que teve início em 4 de agosto de 2011, quando protocolei na Seplan, ao Condephact, o pedido de tombamento de todo o remanescente da Ferrovia, para o qual ainda não houve qualquer resposta, mesmo parcial). Nada disso.
   
Tratava-se de mais um "tapinha" promovido pela ocupante da Estação Ferroviária, a Prefeitura de Poços de Caldas, que ali instalará, na parede da fachada, uma placa de "divulgação", provavelmente do chamado "Projeto Futuro" -nome muito apropriado para quem vem jogando o passado da cidade no lixo. Detalhe: a Estação, tombada como patrimônio histórico da cidade, pertence ao Governo Federal.
   
E aí, mais uma vez, o Condephact passa a mão na cabeça da prefeitura, essa criança riquinha e mimada, que faz e desfaz de sua própria história, como se interessasse apenas o amanhã. Desnecessário filosofar sobre o ontem formando o hoje, o que vale é deixar o nome, a logomarca na placa. Afinal, ano que vem tem eleições e é preciso colocar o bloco na rua. Um bloco de esfarrapados, claro, tal como a calha que se observa à direita da mesma imagem abaixo, já mostrada aqui e que, em vez de reparada, foi simplesmente cortada. Padrão de serviço porco inigualável, e que encontra muitos paralelos em diversos bens históricos municipais. Será que o primeiro escalão municipal usa essas "técnicas" em suas próprias casas?  
  
Furemos as paredes históricas, pois. Interfiramos na visualização do prédio clássico tombado, sempre. Não por coincidência, de Raul pego o "Faz o que tu queres pois é tudo da lei. Da lei". Da lei do momento, da conveniência, do interesse do particular sobre o público. Muros sobre o leito tombado da ferrovia comprovam essa tese.
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quinta-feira, 6 de outubro de 2011

FIM DOS CASSINOS: 1946?

 
A carta acima foi escrita pelo Dr. Helvécio Antônio Horta Arantes, Delegado de Polícia que veio a Poços de Caldas para encerrar o jogo, proibido em 1946 no governo do Presidente Dutra. Nela há detalhes importantes sobre a vida da cidade e uma curiosidade revelada ao final. Acompanhe:
   
"Mamãe,
Hoje apenas consegui tranqüilidade para dar-lhes as notícias.
A minha vida tem estado fora dos horários costumeiros. Basta dizer que janto às 10 horas da noite. Por aí você pode calcular.
Nesta segunda-feira resolvi começar vida nova e estar presente nos horários de expediente da Delegacia.
Fiz paralisar o jogo praticado nos três casinos que funcionavam quando cheguei.
Tenho entretanto sofrido tremenda pressão por parte dos interessados na continuação do jogo.
As propostas que tenho recebido através de intermediários para transigir se elevam a cifras difíceis de acreditar.
Um empresário ofereceu-me 3.000 cruzeiros diários e o do Casino da Urca um automóvel que seria registrado como de minha propriedade embora aparentemente ficasse como uma doação à Delegacia.
Um intermediário, meu conhecido antigo, calculou em pelo menos 120 contos por mês as vantagens que obteria se permitisse o jogo nos 3 casinos.
Não tenho interesse entretanto nas propostas. É efêmero o proveito de tal deshonestidade.
Anteontem conversei pelo telefone com o Luis Soares da Rocha. Percebi-lhe a intenção de deixar-me aqui definitivamente.
Só desejo ficar aqui até a Semana Santa. Se até lá for realmente a intenção da Chefia deixar-me aqui, reagirei e convocaremos todos os elementos que possam intervir para o meu regresso.
Estou hospedado no Palace. Devo entretanto mudar-me pois aquele hotel está arrendado a um grupo que explora o jogo e pouco à vontade tenho me sentido naquele meio de banqueiros da jogatina.
Qualquer correspondência deverá ser enviada para a delegacia.
Como vão todos em casa? Escreva-me logo dando as notícias.
E o Taro, tem sido bem tratado pela Lina?
A todos muitas lembranças e a você o meu abraço saudoso.
10-3-52
Poços de Caldas"

Alguns pontos chamam atenção nessa correspondência. Primeiro, a data: 1952. Seis anos após o governo decretar o fim dos jogos de azar, pelo menos três cassinos estavam operando em Poços de Caldas; depois, as tentativas de manter o funcionamento a qualquer custo, rechaçadas pelo delegado, que, desconfortável até com a hospedagem no mesmo local dos "banqueiros", mudou de hotel.

Uma frase da carta também merece destaque: "É efêmero o proveito de tal deshonestidade". Um exemplo a ser seguido.

O Dr. Helvécio

"Seu nome é unanimidade na Polícia civil, pelo caráter, integridade e idealismo em defesa da instituição policial. Sua postura, mesmo quando em posicionamentos antagônicos aos de seus adversários, eram recebidas com respeito. Foi um dos grandes defensores da Guarda Civil nos momentos de turbulência, junto de José Resende. Nas décadas de 50 e 60 era a personalidade da Polícia Civil que se destacava nos grandes eventos, como a inauguração do DI, onde foi o primeiro chefe, a inauguração da Delegacia de Furtos e Roubos na Rua Pouso Alegre e de forma melancólica e triste fez o comovente discurso quando da extinção da Guarda Civil, em princípio de 70. Foi um marco de dignidade na Polícia Civil. Em sua homenagem a Câmara Municipal deu seu nome a uma Rua de Belo Horizonte e ao Plenário daquela casa legislativa, em um justo reconhecimento ao seu caráter de policial e homem público". 

 
Memória de Poços de Caldas agradece às amigas Maria Tereza e Carmen Junqueira Arantes -respectivamente viúva e filha do Dr. Helvécio- por compartilhar esse importante documento histórico.
 
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terça-feira, 4 de outubro de 2011

O EXEMPLO OFICIAL - 3

As imagens acima mostram o que deve ser o "conceito de preservação de patrimônio histórico" em Poços de Caldas. Todos os muros observados na foto inferior estão construídos sobre o leito da ferrovia, em área integrante do perímetro de tombamento devidamente regulamentado.
   
Condephact -Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico-, Prefeitura e Ministério Público parecem considerar que está tudo em ordem. O espaço para se manifestarem está aberto. Aos leitores, como sempre, também.
   
Às vezes essa discussão soa como aparente utopia, mas é assunto que  interfere no turismo em Poços de Caldas, ou na preservação da história da cidade, ou ainda, no futuro do transporte coletivo local.
  
A foto antiga, de 1984, é de José H. Bellorio, publicada aqui.
   
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segunda-feira, 3 de outubro de 2011

O EXEMPLO OFICIAL - 2

Ponto de ônibus construído em frente a Estação Ferroviária. A Lei Complementar 70, de 2006, que "altera e consolida a legislação que dispõe sobre a defesa do patrimônio histórico de Poços de Caldas" é clara, em seu artigo 15: "Para evitar prejuízo à visibilidade ou ao destaque de qualquer edificação ou sítio histórico tombado, nenhuma obra de construção ou demolição poderá ser executada no perímetro de tombamento definido para cada bem tombado, sem que o projeto seja previamente aprovado pelo CONDEPHACT".
   
Será que o Conselho, que zela pelo patrimônio histórico regido pela mesma LC 70 aprovou essa intervenção que, mesmo de vidro, interfere na visibilidade da Estação?
   
A cada dia que passa essa situação do patrimônio ferroviário parece mais surreal.
   
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O EXEMPLO OFICIAL

Pesquisando na internet deparei com interessante link, que aponta o seguinte:
 
"Educação Patrimonial + Educação Ambiental + Educação Turística é o grande exemplo que vem da cidade de Poços de Caldas com o Projeto intitulado "EDUCAÇÃO PARA O TURISMO E PARA O FUTURO". O curso de Turismo da PUC – MG – Campus Poços de Caldas dá um exemplo de solidariedade, consciência social e visão de futuro".
   
Diz lá que "Uma vez por semana, os alunos voluntários se tornam professores, e as crianças recebem dicas de como receber turistas em sua cidade, como preservar o patrimônio natural e cultural de onde vivem" e sintetiza: "O projeto, sem dúvida nos faz pensar, como profissionais ou estudantes da área: o que estamos fazendo pelo futuro do turismo em nossa comunidade, em nosso país?"
 
A Estação Ferroviária de Poços de Caldas é patrimônio histórico, tombado e protegido por lei. Há tempos venho brigando quase solitariamente para que se cumpra o que manda não só a legislação de proteção deste importante bem cultural de Poços de Caldas, como para que prevaleça o bom senso daqueles que usam esses espaços históricos.
   
Em 30 de setembro passado, após participar de um debate sobre Ferrovias no programa Difusora Cidade, comandado pelo radialista Paulo Sérgio e que contou com a presença de RobertoTereziano (e ninguém da prefeitura...), passei diante da Estação e deparei -mais uma vez- com o desrespeito que se observa na foto acima: um carro oficial estacionado sobre a plataforma, cujo piso de ladrilho hidráulico antiquíssimo não foi produzido prevendo esse uso.
   
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sábado, 1 de outubro de 2011

CRISTO REDENTOR

Um dos maiores atrativos turísticos de Poços de Caldas é o Cristo Redentor. Localizado no alto da Serra de São Domingos, a 1.686 metros de altitude, foi inaugurado em 13 de maio de 1958, idealizado por José Raphael dos Santos Neto.
   
O monumento tem cerca de 500 toneladas. A imagem do Cristo possui 160 peças e tem 16 metros de altura, resultado da obra executada por Ottaviano Papaiz, artista de Campinas, SP, que teve como construtores Manuel Cândido Martins  e Hércules Tassinari. De acordo com D. Nilza Megale, no livro Memórias Históricas de Poços de Caldas, "cada mão da imagem tem o peso de 400 kg".
   
Na foto acima, do acervo de Décio Alves de Morais, é possível ter uma ideia das dimensões da obra. No detalhe está o idealizador do projeto, junto à mão direita do Cristo.
   
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